Repórter Guaibense

Terça-feira, 15 de Outubro de 2024

Notícias/Cultura

Com 14 anos, jovem Amanda Kronhardt lança seu primeiro livro em Guaíba

O "O eclipse me ensinou a amar" tem ilustração da artista ucraniana Katerina Solomko

Com 14 anos, jovem Amanda Kronhardt lança seu primeiro livro em Guaíba
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Aos 14 anos, a jovem Amanda Kronhardt lançou no último sábado (28) o seu primeiro livro "O eclipse me ensinou a amar", da saga Refúgio dos Sonhadores. Familiares, amigos e convidados especiais participaram da sessão de autógrafos e do bate-papo com a escritora no Quintal Café e Flores, no Centro de Guaíba. 

O livro conta a história dos adolescentes Kiana Miyuki e Katsu Hideaki. Kiana é uma jovem com uma mãe problemática, que o usa pra ter a aquisição de família perfeita e de poder na sociedade, sendo uma garota aparentemente tímida e autoconfiante. Mesmo com tudo que já passou na vida, Katsu também é autoconfiante, mas não acredita no porquê que as pessoas querem ter a sua amizade.

O título foi escolhido para levar a reflexão de temas profundos como transformação, descoberta de emoções e o poder do amor, simbolizados pelo eclipse. Pois, conforme ela, na mitologia e na literatura, eclipses muitas vezes representam momentos de grande mudança, onde o oculto é revelado. E esse simbolismo se alinha perfeitamente com a jornada dos personagens pensados e criados por uma ilustradora ucraniana, Katerina Solomko, que ela procurou via redes sociais e se comunicou por longos meses em inglês fazendo com que a ilustradora entende-se a alma desses personagens.

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A sua mãe Valquíria de Jesus diz que, inspirada por vivências pessoais e suas descobertas diagnósticas, a sua menina (e agora autora) teve uma narrativa que, embora não seja uma autobiografia, reflete elementos de suas experiências e imaginação criativa.

Amanda desde criança amou escrever. O primeiro texto que fez foi na casa do seu pai, de uma mulher rica que matou o vizinho porque simplesmente a felicidade dele o incomodava. Os textos eram uma forma dela encontrar uma realidade julgando filmes e outros obras literárias. "Eu lia bastante também, porque eu dizia que eu conseguia escrever melhor. Mas fiquei anos só nisto, de conseguir fazer melhor, e esse julgamento de eu ver os pontos que faltavam nos textos dos outros fez eu escrever os meus primeiros textos. Foram textos descritivos, poeminhas, sobre tudo. Tudo mesmo. Escrevia sobre o Natal, sobre princesas, sobre como eu estava me sentindo", conta.

Ela começou a ter dificuldade de convívio com os colegas da escola, em lidar com barulho, bullying e problemas no início da fase de adolescente. Há quase dois anos foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foi quando começou a escrever a saga Refúgio dos Sonhadores. 

Para ela, qualquer pessoa pode escrever: "qualquer pessoa não precisa se levantar da cadeira e treinar muito igual à outras atividades, é preciso somente sentar e escrever. Não precisa estar bom e certa a ortografia, precisa só expressar seu sentimento. Isso que é a arte. Escrever é passar seus sentimentos e se expressar por meio das palavras, dos fonemas e das sílabas. É isto que eu acredito". Ela pretende publicar diversas outras obras literárias da saga, como de mapas do planeta dos sonhadores e lendas urbanas, além de livros infantis. 

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