Guaíba tem 550 moradores que vivem diariamente com HIV. Somado com todas outras cidades da região Costa Doce, o total chega a 773 pessoas que fazem o tratamento contra a doença sexualmente transmissível.
Em live do Repórter Guaibense na última quinta-feira (3), a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), Ana Denise Rosa, disse que número de detectados é considerado alto e todo ano aumenta mais os pacientes, ainda mais agora que eles estão sendo transferidos para atendimentos em seus próprios municípios.
Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral. Em 2018 eram 593.594 pessoas em tratamento.
O Ministério estima que cerca de 10 mil casos de Aids foram evitados no país no período de 2015 a 2019. A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados.
A campanha "Dezembro Vermelho" fomenta a prevenção destas doenças. Para o médico de Guaíba Lucas Figueiredo, o HIV tem ainda muita incidência e por isto é importante o Dia Mundial de Prevenção (1º de dezembro) para discutir, debater e esclarecer essa doença que hoje tem tanto tratamento.
- É uma doença que poderia estar extinta, pois há tratamento, porém existe ainda muitas mortes por Aids. É uma doença que merece atenção especial para que a gente converse sobre a prevenção, que é muito simples né? O uso do preservativo - destaca ele.
Todos postos de saúde da cidade ainda fornecem testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites C e D. Figueiredo acrescenta que aproximadamente 25% das pessoas que vivem com HIV não sabem que vivem com HIV e que, tendo teste positivo, possa ter um tratamento adequado que chega a não contaminar outras pessoas. Ainda diminui a infecciosidade do vírus e os índices de Aids.
O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de gestantes com HIV, segundo último boletim epidemiológico do governo federal. Ainda continua entre os três primeiros em casos totais da doença, sendo que deixou de líder no país, e Porto Alegre continua sendo a capital brasileira com mais casos confirmados.
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