Repórter Guaibense

Terça-feira, 30 de Setembro de 2025

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Festival MPB da escola Carlos de Moura e Cunha homenageia Lupicínio Rodrigues e encanta o público

Os estudantes realizaram diversas apresentações no palco ao som de grandes nomes da música, como Cazuza

Festival MPB da escola Carlos de Moura e Cunha homenageia Lupicínio Rodrigues e encanta o público
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Centenas de pessoas assistiram com muito entusiasmo a mais uma edição do Festival MPB da Escola Estadual Carlos Augusto de Moura e Cunha, realizada na última sexta-feira (26), no auditório da Ulbra Guaíba. A segunda edição do evento homenageou o cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, que recentemente recebeu o título de patrono da Música Popular Brasileira, ao lado de Pixinguinha.

"Eles foram os protagonistas desta noite", destacou a professora coordenadora do projeto, Silvania Freitas, sobre a dedicação dos alunos para o sucesso do Festival MPB do Moruca. "O evento não foi organizado por profissionais, mas por pessoas extremamente competentes e protagonistas desse show", disse.

Os estudantes realizaram diversas apresentações no palco ao som de grandes nomes da música, como Cazuza, Rita Lee, Caetano Veloso, Tim Maia, Sandra Sá, Djavan e Belchior.

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A aluna Vitória Pinto se apresentou com a maquiagem icônica de Ney Matogrosso, da época em que integrava o grupo Secos e Molhados. Também foram interpretadas canções como “Cálice”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, fortemente censurada durante a Ditadura Militar. Os alunos ainda carregaram o cartaz “Nós vamos sorrir”, ligado ao filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, como um chamado à resistência diante da crueldade e do medo no período da Ditadura.

"A minha maior preocupação era fazer com que as pessoas compreendessem a escolha do nosso repertório, e essa frase do filme é impactante. Fizemos questão de colocar a música Jesus Cristo, do Roberto Carlos, porque muita gente não sabe que ela era tocada em alto volume nas salas de tortura durante a Ditadura, para abafar os gritos das pessoas que pediam misericórdia. Nós fomos a fundo e eu disse a todos que não importava se alguns não entendessem, porque haveria quem compreendesse por estudar e pesquisar esse fato da história do nosso país", conta Silvania

"Educação é sala de aula, educação é copiar e errar para aprender, fazer contas de matemática dando errado, tendo que refazer, refazer e refazer para aprender. Mas educação também é projeto, também é cultura, também é espetáculo como este. Educação é nos tornarmos pessoas melhores para a sociedade, e tenho certeza de que é isso que a nossa escola está fazendo. O Moura e Cunha sai maior hoje do que entrou aqui no auditório", afirmou o diretor Cristiano Vianna.

 

 

A entrada para o evento foi um quilo de alimento não perecível, destinado à Pastoral da Ulbra, que atende demandas da comunidade e promove o voluntariado na cidade.

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