A pandemia de coronavírus preocupou especialistas no aumento de casos de outra doença: a dengue. Guaíba está como 954 focos do mosquito causador Aedes aegypti em toda zona urbana, sem exceções, com maiores quantidades nos bairros São Jorge, Vila Iolanda, Alegria, Florida e Moradas da Colina.
Há um caso suspeito de dengue hemorrágica e importada em uma mulher, moradora da Alegria, que teria viajado para o Espirito Santo. Em 2020 foram registrados três importados, dois descendentes de São Paulo e um do Mato Grosso.
Em live no Papo Guaibense nesta quinta-feira (27), a veterinária e coordenadora da vigilância ambiental da cidade Elisa Teixeira alertou sobre a preocupação do alto índice no Rio Grande do Sul.
De acordo com ela, a pandemia ajudou no aumento de casos devido uma falta de atenção nos reservatórios de água, que pessoas estavam mais em casa e mais suscetíveis a dengue como geradoras de mais lixos e reservatórios. "Elas estavam menos atentas. É uma junção de fatores".
O mais recente Informativo Epidemiológico divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) aponta 5.790 casos, sendo 5.625 autóctones e 165 importados. O estado já registra oito óbitos (um a confirmar) por esta doença em 2021, em Santa Cruz do Sul, Bom Retiro do Sul, Aratiba e Erechim. Ao todo, já são 144 municípios em alerta.
A única maneira de evitar esse contágio é que a população colabore com medidas de prevenção. "Temos a parte do poder público, de colocar agentes comunitários e de saúde na rua fazendo visitações nas residências, além de mutirões de limpeza e a coleta de resíduos domésticos, mas o que povo tem que fazer em suas residências isso é a tarefa de um. E tem faltado muito", destaca Elisa.
"Os sintomas da Dengue são semelhantes a outros doenças, então podem se confundirem. No início da doença há febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, náusea, cansaço", explica.
Como você pode contribuir para a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti na cidade de Guaíba?
- Tampando caixas d'água, tonéis e latões;
- Escovando os bebedouros de animais, semanalmente;
- Guardando garrafas vazias com o gargalo para baixo;
- Guardando pneus em locais cobertos;
- Mantendo calhas desentupidas;
- Tratando, semanalmente, com água sanitária, os ralos, além da colocação de telas sobre eles;
- Tratando, semanalmente e durante o ano todo, com cloro, as piscinas;
- Tratando, semanalmente, com água sanitária, as bromélias a céu aberto;
- Retirando os pratinhos de vasos de plantas;
- Acondicionando o lixo doméstico em sacos plásticos e mantendo-os em lixeiras tampadas;
-Mantendo os pátios e demais ambientes domésticos livres de objetos inservíveis que possam acumular água.
Dúvidas podem ser tiradas pelo telefone da Vigilância Ambiental em Saúde, 9.98540353 ou pelo e-mail, [email protected]
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