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Sexta-feira, 29 de Marco de 2024

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Levantamento apresenta indicadores de violência contra a mulher em Guaíba

Cidade ocupa a 5ª colocação com o maior número de ameaças e estupro no RS

Levantamento apresenta indicadores de violência contra a mulher em Guaíba
Pedro Molnar
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Um levantamento inédito apresentou os registros e notificações de violência contra a mulher em Guaíba. O consultor de análise de dados Lisandro Abulatif mostrou os indicadores, da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Secretaria Municipal de Saúde, nesta segunda-feira (16) na Câmara de Vereadores.

Em 10 anos, a pesquisa aponta queda nos índices de ocorrências de ameaça, estabilidade de lesão corporal e aumento das ocorrências de estupro, que também inclui casos contra as crianças e os adolescentes.

Guaíba apresentou média anual de 367,36 registros de ameaça e 200,75 de lesão corporal contra a mulher entre os anos de 2016 e 2021. A cidade ocupa a 5ª colocação com o maior número de ameaças e estupro contra as mulheres, entre os municípios gaúchos com mais de 90 mil habitantes, e é a 14ª da Região Metropolitana de Porto Alegre com maior número de feminicídios nos últimos cinco anos. 

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A pesquisa aborda os bairros com maiores ocorrências de violência contra mulher e até mesmo de descumprimento de medidas protetiva, entre outubro de 2021 e março deste ano: Parque 35, Jardim dos Lagos, Pedras Brancas, Passo Fundo e Coronel Nassuca. 

Os dados pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), de todos os serviços de saúde públicos e privados, identificam os tipos de violência (a maior parte sendo sexual, física e psicológica); a idade das vítimas, sendo que os maiores casos de violência sexual são de menores de 15 anos; e a identidade dos possíveis agressores, a maioria sendo pais e cônjuges das vítimas.

O evento de apresentação desses dados foi promovido pelo gabinete da vereadora Carla Vargas (PTB), da procuradoria da mulher da Câmara de Vereadores.

Para Cheila Marina Lima, servidora técnica da Diretoria de Políticas de Saúde de Goiânia (Goiás), o evento tem um simbolismo muito grande devido a casa legislativa abrir sua porta para discutir a importância da informação para a ação, que se traduz na evidência de políticas públicas.

"A gente precisa fazer leis e políticas públicas em cima de informações qualificadas e em cima de evidências. Esses dados são importantes porque quando a gente tem informações damos visibilidade a um projeto que é muito tratado de cunho doméstico. Há um senso comum que diz que briga de marido e mulher ninguém mete a colher. E não é verdade. Precisamos proteger as mulheres em todos os ciclos de vida e esta visibilidade traz á tona esse problema da violência doméstica no Brasil", disse. 

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