O site "Mémórias da Fé", que documenta a trajetória de mais de 40 anos das Festas de Iemanjá em Guaíba, está no ar (acesse aqui). O projeto retrata histórias e religiosidade das casas Reino de Iemanjá, da Mãe Líbia, e Estrela do Oriente, da Mãe Arlete, como forma de salvaguardar suas memórias e apresentar um conteúdo de grande riqueza cultural com narrativas diferenciadas e sensibilidade do jornalismo. Desde 2019, as duas festividades ocorridas no feriado de Iemanjá, em 1º e 2 de fevereiro, são consideradas patrimônios histórias e culturais da cidade.
O endereço ainda divulga galerias de fotos, reportagens, exposições e o documentário "Um mar de fé". Estas histórias mexeram com a estudante de Jornalismo Camilla Swider, que há quase dois anos busca mais formas de divulgar as energias destas casas de religião com a comunidade guaibense. Ela conta da amizade que criou com Mãe Arlete, o qual pediu para executar esse novo projeto cheio de fé.
"Essas histórias mexeram comigo e eu me envolvi muito. Primeiro a exposição, depois a celebração e tem também o documentário que eu produzi. Executar tudo isso acabou me aproximando bastante da Arlete, criamos uma amizade muito bacana. Então teve um dia que ela me chamou e disse que gostaria que eu executasse um projeto com ela, eu nem sabia direito do que se tratava, mas aceitei na hora", conta.
Camilla escreveu um sonho de projeto, mas não tinha a menor ideia de se fato teria cacife pra isso. Trocaram ideias e então começou o desafio maior: colocar em prática. "A minha ideia era disponibilizar o máximo possível de arquivos relacionados a festa, por isso, fiquei dias envolvida na biblioteca. Separei os jornais, desde os mais antigos até os recentes, escanei tudo, separei e fiz pastas".
Ela tinha o objetivo de escrever um pouquinho sobre a Arlete e a Líbia, por acreditar que quem acessar o site, além de querer conhecer a história das Festas, possa também conhecer mulheres incríveis e cheias de fé. "Então fiz os perfis e, confesso, é a parte que eu mais gosto. Pude colocar ali tudo o que eu senti e observei em relação a cada uma. Eu chorei escrevendo, me emocionei mesmo porque é uma responsabilidade muito grande estar a frente dessa produção. Tem tanta gente boa por ai, mas eu fui escolhida pra essa missão e o fato de ter me conectado com essa energia deixou tudo tão mais especial", diz. Quando terminou deu um suspiro de alívio, de gratidão. Colocou o site no ar às 4h da manhã, ansiosa para a Arlete ver o resultado final. Ela ficou toda emocionada.
"Acho que consegui executar tudo aquilo que pensei e planejei. Eu estou mega feliz e principalmente grata pela oportunidade de dar meu olhar novamente para essas celebrações tão importantes pra Guaíba. Aproveito o espaço para agradecer a confiança da Mãe Arlete e pra convidar todos a mergulharem nesse site cheio de memórias da fé", complementa.
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