O Banco de Alimentos de Guaíba bateu recorde em doações em abril, com quase 15 mil quilos de donativos recolhidos. A solidariedade foi a palavra da vez entre as entidades, público assistido e comunidade em geral durante a pandemia do covid-19. Em relatório do quadrimestre, de janeiro até abril, foram arrecadados 40.419 kg.
No "abril solidário" a Rede teve uma nova demanda. Acostumado em trabalhar com famílias carentes assistidas pelo poder público ou pelas 22 entidades cadastradas, autônomos, que não estão inseridos no mercado de trabalho e que registram falta de alimentos em sua mesa, começaram a serem atendidos também.
- O que nós arrecadamos é o suficiente para atender nossa demanda diária, mas temos que ir em busca de mais alimentos para atender essa nova demanda que está aparecendo. A pessoa que doava um quilo no Sábado Solidário hoje está precisando de ajuda e, se ela pedir uma cesta básica, não podemos negar. Temos que ajudar esse "cliente" novo que sempre foi nosso parceiro na hora de doar - destaca Flávio Ribeiro, presidente do Banco de Alimentos.
Mesmo sem a realização de dois Sábados Solidários, que arrecadam doações em mercados da cidade, houve grande apoio da Rede Banco de Alimentos de Porto Alegre, além de empresas locais, de diversos órgãos e da comunidade em geral. Os repasses financeiros, via transferência bancária, somaram R$ 8.170,00. Serão utilizados para compra de alimentos que irão complementar as cestas básicas do mês de maio.
- Está despertando a solidariedade cada vez mais. Aquele que tem um pouco em casa está começando a dividir com quem não tem nada - comemora ele
Ribeiro ainda destaca que as lives de artistas, em busca de arrecadação de alimento, está se tornando uma atitude positiva e de exemplo para os demais:
- A gente estava vendo que os celulares estavam afastando as pessoas do mundo real. Mas estamos vendo que também esse mundo virtual está servindo para unir as pessoas, estão se comunicando e agindo mais. Isso é um lado que não enxergávamos no mundo virtual, e se ele não existisse hoje não sei o que seria da gente nessa pandemia.
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