O resultado do concurso "Poesia em tempo de pandemia", da fotógrafa Maris Strege, foi divulgado nesta terça-feira (11). A competição cultural que transformou imagens de Guaíba em versos teve participação de 342 trabalhos, de 170 cidades brasileiras e nove de diversos países, como Uruguai, Portugal, Itália, Angola, Moçambique e Japão.
Na categoria Poeta Aprendiz ganhou o poema "Olhos da noite", de Elisabeth Amorim (Bahia), seguido por "A Memória de Uma Tarde Chuvosa", de Mike Martins (Pernambuco), e de "Assim como o pôr do sol", da Maria Eduarda (São Paulo).
"Cores da esperança", de Emílio Mascarenhas (Bahia), foi o destaque da Categoria Poeta Sênior. O segundo lugar ficou com o verso "Em tempos de pandemia", de José Atanásio Borges Pinto (Santa Catarina), e o terceiro foi "A mãe do meu filho", de Ronaldo Dória dos Santos (Rio de Janeiro).
Cores da esperança
Reflexos da esperança
Entre os bancos vazios, o inverno e o frio,
Há um reflexo sobe águas como se fosse um rio.
Uma esperança que nasce no horizonte
Transmutando cores diversas, ao longe um monte.As folhas secas das árvores desnudas
Não me impedem de ter a certeza
De que a vida segue e a natureza muda.
O que um dia foi cinza, solidão e tristeza,
Renascerá com mais cor, vida e beleza.Como uma estação que passa,
Como é certo que a noite que vem
Que o dia novamente renasça, nas cores do bem
E que o arco-íris nos traga a esperança do além!
Para Maris Strege, a importância do projeto foi fomentar a cultura local principalmente neste momento de pandemia. É saber que, mesmo enfrentando esse momento difícil para classe artística, conseguimos desenvolver um projeto com inscrições internacionais e que valorizam a sua arte fotográfica através de pontos turísticos da cidade.
- Fiquei surpresa esse resultado, pois ideia inicial seria interagir com a comunidade. Fiquei impressionada com esse número de participantes significantes, que admiram a a criatividade de desenvolver a poesias através das fotografias. Ficaram encantados com a beleza de Guaíba - conta.
A comissão julgadora foi composta pelo músico nativista Dorotéo Fagundes, o doutor em literatura José Edil de Lima Alves e o compositor Ademar Stocker. De acordo com a organização, eles não sabiam de onde eram cada poeta.
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