O curta italiano “Aggrappati a me” (Segure-se em mim), do diretor e roteirista Luca Arcidiacono, foi um dos destaques na mostra alternativa internacional ficção no 19º Festival Nacional de Cinema Estudantil, que terminou na última sexta-feira (11).
O curta conta a relação entre um jovem imaturo e uma menina com síndrome de Down que perdeu a mãe e pede para ser trazida de volta em casa. Os protagonistas da história são Filippo, um jovem de Roma, interpretado por Ludovico, e uma de 8 anos com Síndrome de Down interpretada por Miriam Fauci. Os dois em universos paralelos que se aproximam cada vez mais, passo a passo, caminhando pelas ruas de Garbatella.
A mostra internacional, representando mais de 100 países, contou com exibição de curtas de animação, documentários e filmes de ficção e experimentais.
“Trazer projetos de outros Estados e países ajudam ampliar o olhar dos estudantes e troca de ideias sobre novas formas de fazer cinema na educação”, comenta o jornalista e professor Valmir Michelon, que ressalta que desde a primeira edição realiza o Seminário Midia e Educação com palestras, oficinas voltadas a professores e estudantes.
O 19º Festival Nacional de Cinema Estudantil foi uma realização do Instituto Estadual de Educação Gomes Jardim, com apoio da 12ª CRE, Iecine, Sesc/Rs.
Destaques da Mostra Estudantil
Entre os destaques da mostra estudantil nacional foram curtas das escola 31 de Janeiro, de Campo Bom; Politécnica de Saúde Joaquim Venãcio, do Rio de Janeiro; Fundação Liberato Salzano, de Novo Hamburgo; do Colegio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo; e da Escola Márcia Pereira, de Cabo Frio/RJ. De Guaíba, foram premiados trabalhados das escolas Padre Jose Eichelberger, anta Rita de Cássia e Gomes Jardim. Na mostra internacional, entre os destaques, curtas do projeto Escuela, cámara ¡acción!, da Argentina.
Na mostra nacional, categoria ficção, entre os destaques os curtas:
- “Nós”, de Dario Goular - Rio de Janeiro/RJ;
- ”Fome”, de Felipe Fré - São Paulo
- ”A vida é coisa que segue”, de Bruna Schelb Correa - de Juiz de Fora/MG;
- “Dias passados”, de Arthur Barranco - Santo André/SP;
- ”Antes que eu vire pó”, de Danilo Custódi - Curitiba/PR;
- ”Bochincho”, de Guilherme Suman - Caxias do Sul/RS;
- ”O fazenderio desconhecido”, de Humberto Petrarca - São Gabriel/RS;
- “O fantasma do general”, de Humberto Petrarca - São Gabriel/RS
- E "Amor sangue dor", de Magnum Borini - Porto Alegre/RS.
Mostra de longas
Guaíba, uma cidade que há mais de 40 anos não conta com uma cinema tradicional, tem no festival a oportunidade de ter a cesso a curtas e longas. Anualmente são exibidos longas convidados ou inscritos. Já passaram pelo festival, filmes e os principais nomes do cinema gaúcho, como Jorge Furtado, Giba Assis Brasil, Ana Luiza Azevedo, Gustavo Spolidoro, Zeca Brito, Carlos Gerbase, Paulo Nascimento, Tabajara Ruas, Otto Guerra, José Maia, entre outros.
Neste ano o festival selecionou seis longas, quatro receberam destaque por sua contribuição na educação: “Sem Tarja”, de Rafaela Uchoa, que aborda a questão do uso e dependência dos medicamentos; "Edu (ativo): Uma jornada por experiências transformadoras na educação básica", de Isabella Galante (SP), que relata experiências inovadoras na educação; “Você escolheu errado seu super-herói?”, de Sílvio Anaz (RJ), que faz uma reanálise sobre a realidade política do Brasil; e "Eu não sou Napoleão”, de Rogério Faria Jr (RJ), que aborda o tema da loucura e faz um mergulho perturbador e emocionante em um dos maiores hospitais psiquiátricos em funcionamento da América Latina.
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