Guaíba e Cachoeira do Sul são as únicas regiões do Rio Grande do Sul que seguem com bandeira laranja na 30ª rodada do Distanciamento Controlado. O comunicado do mapa definitivo foi realizado na tarde desta segunda-feira (30) pelo governador Eduardo Leite, que alertou que a situação de contágio do coronavírus no estado é de preocupação, com indicadores em alta.
Segundo o Comitê de Dados, a região Guaíba também foi impactada pela situação geral. Houve melhora na média ponderada final em comparação com as semanas anteriores e melhora em dois indicadores da própria região, em especial o que monitora os novos casos acumulados na semana dos internados em leitos clínicos. A equipe que monitora o modelo de Distanciamento Controlado segue alertando que a capacidade de atendimento da macrorregião está bastante tensionada.
Leite ainda alertou que a realidade é que há observação de aumento nas internações em diversas partes do estado, um agravamento do quadro. Que a única notícia positiva é que o número de óbitos não acompanham esses dados, que o governo continua monitorando.
- A gente precisa do apoio da sociedade gaúcha para garantir que o vírus se dissemine e que gente consiga ter atendimento para todos que precisam - disse.
Ele ainda destacou que os fatores que trouxeram a esta possível segunda onda são diversos, e que não há uma causa única sobre o por que há esse aumento expressivo de internações por covid-19. Depois de oito meses de pandemia, Leite acredita que as pessoas estão cansadas das restrições, somado com a chegada do fim de ano, época de festas, confraternizações, o calor, o verão que chega e, até mesmo, a perspectiva da chegada da vacina. Ainda citou que o processo eleitoral, momento de maior interação entre as pessoas, acaba também interferindo e que elas também fazem um relaxamento de cuidados.
- Precisamos reforçar a necessidade de cuidados e fazer isso com o mínimo de impacto sobre a economia, esse é o foco do Estado, por isso nos reunimos com a Famurs e deliberamos pontos importantes para reduzir a circulação de pessoas e conter a propagação de coronavírus no RS. Agora, o que queremos é que as pessoas se encontrem menos, em festas e confraternizações, ou mesmo em parques e locais públicos, onde tendem a se cuidar menos. Não é hora de aglomerações. Reduzir contatos é muito importante nesse momento, porque quebramos o ciclo de contágio - completou.