Crônicas de Valdir do Carmo estão no livro "São Coisas da Vida". O último domingo (16) foi marcado por muita emoção por parte de amigos e familiares do jornalista e professor, falecido em 2013, que receberam os primeiros exemplares.
O lançamento ocorrerá de forma virtual no próximo dia 1º, Dia da Imprensa, em plataforma digital e será conduzido pela Editora Palavreado, responsável pela publicação. A obras foi contemplada através de projeto municipal de apoio à Cultura, atendendo requisitos da Lei Aldir Blanc, e será disponibilizada ao público nas bibliotecas de escolas de Guaíba e através da Biblioteca Pública Municipal.
Valdir do Carmo já havia confidenciado o desejo de publicar suas crônicas. Mas foi somente alguns anos mais tarde, durante a inauguração da Biblioteca Valdir do Carmo, na escola Carlos de Moura e Cunha, que o filho, Thiago, entregou para a professora Madalena Padula o material para que fosse publicado. Madalena entrou em contato com representantes da Associação dos Jornalistas Profissionais de Guaíba, Bete Neves e Valmir Michelon, e com o professor Carlos Hees, com experiência em edição de publicações.
Desde então, várias reuniões, organização do material, busca de fotografias, a legalização e a avaliação da viabilidade da publicação culminaram com a disponibilização de recursos federais através da Lei Aldir Blanc, mediante edital municipal, em outubro de 2020, que visava apoiar projetos culturais no segmento literatura. A editora Palavreado, através da diretora Débora Jardim, atendeu aos requisitos e abraçou o projeto que resultou na impressão do livro.
“O autor flerta com uma oralidade própria dos textos confessionais - como se nós leitores travássemos um bate-papo despretensioso com ele –, ao mesmo tempo que nos leva a refletir sobre algumas das grandes questões que movem e intrigam a humanidade desde sempre", diz editor Guilherme Lessa Bica. Ele ainda destaca a escrita do Valdir faz redescobrir paisagens internas e externas que já sabíamos de cor, mas agora envernizadas com o seu olhar de cronista aguçado, atento, até ácido, quando necessário.
"Como se a letra do Valdir vestisse uma lupa, investigasse o pormenor, a poesia ordinária que nos ronda, porque parece mesmo ser uma marca autoral do Valdir a capacidade de projetar nas paisagens e hábitos de Guaíba, um testemunho universal, interessado, comovente e autêntico do que é ser irremediavelmente humano”, conclui.
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