A comunidade dos bairros Santa Rita, Cohab e Assentamento 19 de Setembro lotou a audiência pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores, na noite desta quinta-feira (13). Os moradores foram atingidos da enchente que afetou grande parte de cidade no início de maio.
A comunidade busca ações preventivas para amenizar ou impedir novas inundações e demais questionamentos sobre a causa do volume alto de água que inundou por dias as ruas dos bairros da zona norte de Guaíba.
Eles exibiram vídeos do governador Eduardo Leite alertando sobre a elevação dos níveis dos rios e gravidade futura que poderia ocorrer no estado; do então coordenador da Defesa Civil de Guaíba, Anderson Gawlinski, que solicita a evacuação dos moradores em áreas de risco; e o do prefeito Marcelo Maranata, que tranquiliza a comunidade da Cohab e Santa Rita dizendo que não havia necessidade de evacuação.
Entre as reivindicações estavam para o poder público direcionasse o canal da avenida Lupicínio Rodrigues até o Lago Guaíba, a limpeza de toda a rede pluvial, construção de bloqueios do início da avenida Nei Brito até o aterro da área da Ford e a contratação de profissionais para realizar estudos para proteção do Guaíba.
O tumulto marcou a audiência pública devido problemas nos aparelhos de som e a desordem para o andamento das respostas dos representantes da Defesa Civil e responsáveis técnicos da Prefeitura de Guaíba.
O engenheiro civil e diretor de produção de insumos, Luiz Eduardo, apresentou o trabalho que está sendo realizado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos para amenizar os problemas visualizados nos bairros, como a construção de galerias de águas pluviais e a obra da nova ponte da estrada Ismael Chaves Barcellos. A duração da obra é de até 45 dias. Enquanto isto, o trânsito será bloqueado e os motoristas deverão acessar os bairros através da estrada do conduto da Celupa, conhecido como estrada dos colonos, e depois a BR-116.
Os moradores questionaram aos representantes como, por exemplo, porque o prefeito não tomou medidas de cautela para a evacuação do bairro, quem autorizou o desvio da água da BR-116 que não afetou os moradores do Parque 35 e Chácara das Paineiras e motivo de não assinatura de vereadores para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Para eles, as respostas não foram satisfatórias.
O presidente João Caldas finalizou a audiência pública devido problemas nos aparelhos de som e em 30 minutos após o combinado (de 2 horas). Segundo ele, as demais perguntas seriam encaminhadas para procuradoria da Casa e respondidas posteriormente. Contrários ao encerramento, cerca de cinco vereadores e diversos moradores seguiram no plenário Jonas Xavier para os encaminhamentos finais.
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