Repórter Guaibense

Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Notícias/Cultura

Projeto busca recursos para recuperação de acesso a Ilha do Presídio

Processo para melhorar o acesso tem a anuência do IPHA

Projeto busca recursos para recuperação de acesso a Ilha do Presídio
Maris Strege
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Pensando em alternativas para democratizar cada vez mais o acesso ao lugar, a ONG AMA Guaiba, em parceria com grupo de velejadores capitaneado pelo projeto Velejar do Sul, iniciou uma  campanha para arrecadar recursos e reformar o atracadouro de acesso, bem como o pontilhão do lado norte da Ilha das Pedras Brancas, também conhecida como do Presídio.

Qualquer valor é bem-vindo e o link já está disponível pelo https://apoia.se/ilhadopresidio

"Navegando pelo Guaíba a gente percebe toda beleza e singularidade única do nosso lago. Qualificando a infraestrutura de acesso a Ilha das Pedras Brancas estaremos valorizando também, a conexão de turistas e moradores, para que eles possam desembarcar no local em segurança", explica Luciano Pohlmann Garcia, comandante do projeto Velejar do Sul. Ele está à frente do projeto Velejar do Sul que realiza passeios e vela até o local e realiza, de forma voluntária, limpeza da área e recolhimento de lixo. 

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O processo para melhorar o acesso tem a anuência do IPHAE e Licença Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guaíba. Caso os recursos necessários se confirmem, todo o processo de reforma,  será realizado de acordo com as normas necessárias. "Estamos falando de um bem tombado como Patrimônio Histórico, Arqueológico e Paisagístico pelo IPHAE. Um lugar cheio de história, memórias e de belezas naturais. Que precisa ser preservado e revitalizado. Este é o nosso projeto! Estamos trabalhando para isto", explica Denise Silveira, gestora da AMA Guaiba.

Durante o período da Ditadura Militar, a Ilha das Pedras Brancas teve seu nome substituído, passando a ser conhecida como Ilha do Presídio, escolhida para receber os presos políticos da época. Em 2014, completados 50 anos de 1964, ocorreu o tombamento da Ilha pelo IPHAE, transformando-a em Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico do Estado. Ao longo dos últimos 30 anos de descaso, as ruínas do presídio foram gradualmente sendo abraçadas pela natureza que vem incorporando-se, visualmente, à paisagem.

A AMA Guaíba e o grupo de velejadores envolvidos no projeto e ação de recuperação acreditam que o acesso à Ilha das Pedras Brancas deve ser qualificado, assim como a visitação deve ser guiada, atendendo também, demandas de profissionais que atuam com turismo, movimentando a economia local.

 "Ninguém cuida do que não conhece. Queremos uma Ilha viva, onde o contraste entre a sua linda paisagem, sua história, possam abrir espaço para o cuidado do meio ambiente. Sonhamos com uma Ilha que una preservação, consciência ambiental e história", explica Bruno de Azambuja Silveira, coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural da AMA Guaíba. Mestre em História na UFRGS, sua dissertação foi sobre a Ilha das Pedras Brancas, enquanto presídio político. 

O projeto de revitalização leva em conta, igualmente, aspectos que oportunizam um turismo pedagógico, ambiental e cultural, juntamente com a conservação da natureza.  

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