Guaíba está entre as cidades gaúchas que realizarão o Dia D da vacinação infantil contra covid-19 neste sábado (19). Os atendimentos ocorrerão em cinco pontos da cidade durante a manhã, das 8h às 12h, para imunização das crianças de 5 a 11 anos: nas unidades básicas de saúde da Cohab, Columbia City, Centro e Vila Iolanda e na escola municipal José Carlos Ferreira, no bairro Pedras Brancas.
É baixa adesão na campanha de vacinação contra a doença. Guaíba chegou a 54,2% de cobertura vacinal de crianças de 5 a 11 anos nesta sexta-feira (18), de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, e o dados do Rio Grande do Sul contabilizam 30% do público infantil imunizado com a primeira dose da vacina.
O prefeito Marcelo Maranata, em encontro com empresários do varejo nesta quinta-feira (18), abordou a baixa procura e destacou o trabalho realizado pela prefeitura para cada vez mais aumentar a cobertura vacinal em nossa cidade.
"É uma realidade a insegurança dos pais. Nós que tivemos uma reunião e propomos para o Estado para haver o Dia D de Vacinação, e o estado inteiro adotou esta ideia. É amanhã. E claro que aumentou a procura, por conta das informações dos veículos de imprensa que começou a conscientizar as pessoas para vacinar essas crianças", disse. "Mas é complexo, porque temos que haver estruturas suficientes para a vacinação das crianças e espaços físicos para elas ficarem 20 minutos em observação após a aplicação. Tem algumas reações que temos que estar preparados para caso haja uma ocorrência, com equipamentos, estruturas e médicos de prontidão", complementou.
A Secretaria Municipal de Educação ainda espera o retorno das aulas como uma porta de informação para aumentar o número de estudantes imunizados, informando as comunidades escolares sobre a importância da vacinação. A vice-prefeita Claudinha Jardim aborda que a ideia é possibilitar a aplicação de vacinas nas estruturas da escolas, ainda mais em bairros onde os postos de saúde não há estruturas suficientes para atendimento desse público.
Por que vacinar as crianças?
A Secretaria da Saúde alerta que, apesar de menor incidência, as crianças correm risco de apresentar casos graves e óbitos por Covid-19, além de ficarem suscetíveis a sequelas. Para exemplificar esses perigos, a chefe da Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, apresentou alguns tópicos sobre a vulnerabilidade da população infantil e o potencial impacto na população em geral.
O percentual de casos de Covid-19 em crianças, em comparação ao total da população, é hoje três vezes maior do que no início da pandemia. Enquanto em março de 2020 os registros em crianças representavam menos de 2% dos casos, em fevereiro deste ano está em mais de 6%, configurando uma tendência de aumento. Comparando o maior pico da Covid-19 anterior ao atual, em março de 2021, a incidência na faixa etária dos cinco aos nove anos é quatro vezes maior. Considerando todas as faixas etárias, o atual cenário superou em quase 70% o pico do ano passado.
As faixas etárias de zero a 11 anos e de 12 a 19 anos passaram a representar uma proporção maior das hospitalizações em 2022 em comparação com anos anteriores. Enquanto no acumulado da pandemia essas idades significavam 0,6% das hospitalizações por causa da Covid-19, neste ano essa proporção passou para 6%. Foram registradas 235 internações por Covid-19 de crianças de cinco aos 11 anos no Estado, das quais nove evoluíram para óbito.
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