Os mil dias da morte da ex-vereadora carioca Marielle Franco será tema de live, nesta terça-feira (8), na programação do Festival de Cinema Estudantil de Guaíba. A transmissão ainda exibirá o documentário "O legado de Marielle Franco não morrerá", do cineasta Leonard Cortana, que participa do bate papo com a artista plástica Dayse Gomis e o estudante em jornalismo Elivelto Corrêa. É às 19h, pelo facebook.
Cortana, professor de história do cinema na Universidade de Nova York, falará ainda sobre o tema principal de suas pesquisas e análises cinematográficas: o ativismo racial em documentários do Brasil, Estados Unidos e da França, países com formas muito diferentes de lidar com temas raciais nas suas narrativas nacionais.
Para o coordenador do Festival, Valmir Michelon, o cinestudantil teve que se adaptar a nova realidade e vem conseguindo colocar Guaíba no cenário dos festivais mundiais e trazendo para a cidade através de filmes debates de assuntos que mexem com o nosso dia a dia, como a preservação do ambiente, o preconceito, as injustiças, a fome e a necessidade de promover a partir da escola a cultura da paz.
- A pandemia ajudou por um lado a aproximar sonhos e a luta por um mundo melhor. Um dos destaques e a live que íntegra Guaíba, o Rio de Janeiro e os Estados Unidos contra o preconceito, lembrando os mil dias da morte de Marielle - destaca ele.
O documentário aborda sobre a parlamentar e ativista afro-brasileira que foi assassinada em março de 2018 e o crime que continua sem solução. Em 2019, artistas e ativistas no Rio de Janeiro usaram o carnaval anual para pedir justiça no caso. Em meio aos protestos sociais e ao medo crescente em relação às políticas extremistas do novo governo, como a cidade se torna um local de resistência e memorialização de legado de Marielle Franco neste momento crucial do aniversário de um ano de seu assassinato?
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