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Quarta-feira, 01 de Maio de 2024

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Desrespeito que rompe limites

Enfrentar as violências contra as mulheres é uma demanda que não se esgota.

Desrespeito que rompe limites
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As últimas semanas trouxeram temas muito importantes e que devem ser pensados e olhados não apenas quando ganham a mídia, mas no dia a dia e no cuidado das políticas públicas. Uma criança engravida e sua dor ganha uma proporção nacional quando tem negado o aborto, virando um litígio e o de outro lado, uma atriz que após ter sofrido violência sexual, se vê grávida e opta pela entrega legal para a adoção. Outro caso foi quando uma advogada foi morta, na tentativa de ajudar uma mulher que estava sofrendo violência em frente a sua casa.

Dor, sofrimento, tristeza. Sentimentos que invadem qualquer um, principalmente mulheres, que sentem na pele o que é ser mulher e o quanto o desrespeito rompem todos os limites. Infelizmente, a maioria dos brasileiros concorda que as mulheres são responsáveis por motivar estupros, que as mulheres são as que fazem com que homens sejam violentos. Eles seriam então, serem que apenas reagem a provocações. Tais afirmativas, vão passando ao longo do tempo, e perpetuando que a vítima seja vitimizada e nunca tenha seus direitos respeitados.

A culpa da violência nunca é das mulheres, e isso deve ser ensinado. Ensinar os meninos a respeitar e tratar com respeito todos os seres humanos. Não importa como a pessoa se veste. Ter sempre a autorização clara para tocar o outro é necessário. A violência contra a mulher existe em todos os ambientes. No doméstico, é mais velada. Ocorre de forma muitas vezes sutil. Outro pensamento errado que é difundido, é que violência é apenas física. Não é. Ela pode vir de forma psicológica, sexual, patrimonial e moral. Palavras que ameaçam, que inferiorizam, que tiram o direito de escolha, é violência.

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Enfrentar as violências contra as mulheres é uma demanda que não se esgota. Mulheres têm o direito de serem respeitadas em suas especificidades, e garantia de poder acessar os serviços e espaços públicos ou privados, tendo respeitados tudo o que a lei prevê. Inclusive sua privacidade. Mulheres lésbicas e bissexuais também sofrem diversos tipos de violência, e preconceitos e agressões, tendo que lidar com a violência dentro de instituições e ambientes de trabalho além nos serviços de saúde.

Para enfrentar a violência doméstica e familiar contra as mulheres, foi criada a Lei Maria da Penha, em 2006. Ela além de definir as formas de violência contra as mulheres, também prevê que sejam criados serviços especializados, e a integração da rede de enfrentamento a violência, composta por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social.  Outro dado importante, é que a partir de 2012 o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que qualquer pessoa poderia registrar formalmente uma denúncia de violência contra a mulher, e não apenas quem está sob essa violência.

Em todos os casos citados acima, viu-se a quebra de direitos, e a exposição de vidas que foram alvo de violência.  Que possamos nos organizar como sociedade, na forma de que se tenha maior prevenção a violência a mulher, para que casos como esses narrados, não precisem vir a tona, não para se julgar a vitima, mas nos impulsionar a ter acolhimento as vitimas e criar medidas de proteção as meninas, mulheres, que ao longo do tempo tem sido vitimizadas por uma cultura abusadora.

Comentários:
Mariza e Ana Paula

Publicado por:

Mariza e Ana Paula

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