Repórter Guaibense

Domingo, 28 de Abril de 2024

Colunas/Geral

O racismo e a saúde mental

Somos um país racista. O racismo institucionalizado, que determina o acesso diferenciado aos equipamentos sociais provoca desigual

O racismo e a saúde mental
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Mais uma vez, o tema do racismo ganha a mídia. Crianças são insultadas por sua cor. Não foi no Brasil, mas ocorreu como acontece na nação verde amarela que tem mais de 50% da sua população formada por pessoas negras. Pela sua cor de pele, lhes é imputado um sofrimento mental que lhe nega o direito de ser hoje, por terem em grande maioria precárias condições de vida e a falta de perspectiva de um futuro melhor.

A saúde mental pode ser entendida como uma tensão entre as forças individuais e ambientais, que geram o estado de equilíbrio psíquico do indivíduo. Manifesta-se através de um bem estar subjetivo, numa junção de exercitar as capacidade mental e a qualidade das relações com o meio.  O entorno social e econômico e a forma como uma pessoa interage com o ambiente, e seus recursos psicológicos, influenciam na determinação na situação de saúde, física e mental.

Somos um país racista. O racismo institucionalizado, que determina o acesso diferenciado aos equipamentos sociais provoca desigualdade. E isso fica marcado no inconsciente coletivo. Manifestamos preconceitos, estereótipos e discriminamos gerando todo tipo de violência. Você já viveu em uma pele preta? Sabe o que é viver em estado de tensão emocional permanente? Ser olhado de forma diferente apenas por ser negro promove angustia e ansiedade. Taquicardia, ansiedade, ataques de pânico, depressão, dificuldade de se abrir, ataques de raiva violenta, aparentemente não provocada aparecem nessa população. Além disso, ou junto a isso, o perfil socioeconômico e os indicadores de mortalidade da população negra mostram uma diferença bastante significativa.

Leia Também:

Numa sociedade racista, o mundo que não lhe retrata, pode gerar comprometimento com sua identidade. A desvalorização da auto-imagem, difundidas por instituições e pelas relações interpessoais, vão interiorizando o branco como ser ideal, pois é retratado sempre de forma positiva. O racismo mexe na construção de autoconceito fazendo com que se torne negativo e desvalorizado sobre si mesmo. A exposição constante a situações de humilhação e constrangimento rebaixa a auto-estima e cria uma imagem distorcida.

Na sociedade em que vivemos, o racismo é mascarado. Nem sempre vai aparecer de forma explicita. Mas não significa que não machuque da mesma forma. Falar sobre ele ainda é imperativo. Pensar sobre em como reproduzimos conceitos, frases, ou nomes de objetos sem entender o porquê são assim chamados, faz com que possamos quebrar as cercas que nos cercam de preconceito. Ensinar sobre igualdade, respeito e amor as crianças, ensinando crianças negras a se posicionarem, a se amarem são caminhos de construção de um futuro melhor. Que enquanto não acontece, pode ser modificado por ações hoje de cada um de nós. Repudiar o racismo, o ódio, a discriminação. Pensar em saúde mental é pensar no individuo. E isso não deve ter cor, sexo ou nacionalidade.

Comentários:
Mariza e Ana Paula

Publicado por:

Mariza e Ana Paula

Lorem Ipsum is simply dummy text of the printing and typesetting industry. Lorem Ipsum has been the industry's standard dummy text ever since the 1500s, when an unknown printer took a galley of type and scrambled it to make a type specimen book.

Saiba Mais

Veja também