A Brigada Militar deu início, nesta quinta-feira (26), ao mês voltado para intensificar as ações contra a violência doméstica. A Operação Nacional Maria da Penha - Defenda a Mulher é realizada em âmbito nacional, tem como objetivo reforçar as ações de fiscalização das medidas protetivas de urgência, bem como ações de conscientização sobre a violência contra a mulher.
Em Guaíba, a rede de enfrentamento foi reforçada com a criação da Procuradoria da Mulher, na tarde de ontem na Câmara de Vereadores. A parceria entre as forças de segurança pública, Câmara e Prefeitura Municipal é mais uma conquista que resulta na redução dos crimes de gênero e oferece subsídios para o trabalho realizado pela Brigada.
A campanha ocorrerá até 20 de setembro com visitas as vítimas cadastradas no programa e ações de conscientização sobre o tema.
Crimes contra mulher cresce em Guaíba
Os números de crimes contra mulher cresceu em Guaíba nos últimos meses. O relatório de criminalidade, divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, aponta um feminicídio e 45 outras violências de gênero cometidos em julho, que representa acréscimo de 17% em comparação ao mês anterior. A quantidade de registros de lesões corporais mais que dobrou na cidade: enquanto junho foram seis, a delegacia de polícia somou 13 em julho. Ameaças foram 30 e estupros foram dois.
Os dados do Rio Grande do Sul também mostram o aumento de violência doméstica. Em julho, o número de feminicídios, que em 2020 havia caído à sua menor marca histórica, com dois casos, subiu para nove neste ano (350%). O resultado também impactou no acumulado que havia fechado o primeiro semestre em redução e, agora, na soma dos sete meses, passou de 53 no ano passado para 58 neste ano (9%).
A Procuradoria
A Câmara Municipal de Vereadores instalou a Procuradoria da Mulher em solenidade nesta quarta-feira (25) no plenário Vereador Jonas Xavier, no centro de Guaíba. O objetivo do órgão é o zelo pela defesa dos direitos da mulher e o enfrentamento à violência doméstica, assim como a implementação de campanhas educativas e antidiscriminatórias de âmbito regional ou nacional. A procuradora-geral será a parlamentar Carla Vargas (PTB) e adjunta a Letícia Maidana (Solidariedade).
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