Uma mulher foi morta após ser esfaqueada, no início da tarde desta terça-feira (23), em um posto de gasolina na Rua Castello Branco, na Alegria. É o segundo crime de feminicídio registrado em menos de um mês em Guaíba, antes a cidade estava três anos sem esse tipo de ocorrência.
De acordo com a Brigada Militar, Jennifer Grabosky, de 25 anos, foi atingida no tórax. Ela manteve um relacionamento abusivo durante três anos, e já tinha pedido medidas protetivas para a Patrulha Maria da Penha. Estava sendo acompanhada pela Brigada Militar, sendo que na semana passada recebeu visitas de policiais militares para o acompanhar. Ela, que era motorista de transporte por aplicativo, tinha deixado uma passageira nesse posto e o agressor a seguiu, matando-a com mais dez facadas, segundo a Policia Cívil.
A moto na qual fugiu foi encontrada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-290, próximo à ponte do Rio Jacuí. Os órgãos seguem na investigação do caso, sendo que não há ainda a comprovação de suícidio. As buscas devem retornar nesta quarta-feira (24).
Para a delegada Karoline Calegari, a Lei Maria da Penha é protetiva, mas não milagrosa. Ela destaca que não existe um monitoramento de controle de possíveis agressores contra as mulheres.
- Nem sempre que um homem agride uma mulher pode ser preso. Mas quando ele descumpre uma medida protetiva é uma causa de degradação. Nesse caso, quando ele descumpriu, ele aproveitou e matou.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), em comparação ao mesmo período de 2019, Guaíba teve a diminuição de 4,4% de casos de violência contra mulher entre janeiro e maio, de 251 para 240. As ocorrências de ameaças diminuíram 10% (de 153 para 138) e as lesões corporais baixaram 5,5% (de 91 para 86). O número de estupros diminuiu de 10 para 9.
'No Rio Grande do Sul os números são positivos, os feminicídios teve queda de 45,5% em maio. A redução nos assassinatos de mulheres no quinto mês de 2020 contribuiu para frear a tendência de alta verificada no ano. Entre janeiro e maio, a soma de 43 feminicídios é 34,4% maior que os 32 do mesmo período de 2019 – até abril, a alta nesse comparativo era de 71,4%.
- São muito raros os casos em que o feminicídio é resultado da primeira agressão. Em geral, as mortes por motivação de gênero são o ponto final de um longo ciclo de violência que, quanto antes for rompido, tem mais chances de preservar as vítimas. Por isso, nesse período de maior recolhimento domiciliar em razão da covid-19, é ainda mais fundamental que toda e qualquer suspeita seja levada ao conhecimento das forças de segurança, que estão prontas para ajudar - ressalta o vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
Os casos podem, e devem, ser comunicados pelos seguintes canais:
- Disque Denúncia 181
- WhatsApp (51) 9.8444.0606
- Denúncia Digital 181, no site da SSP (clique aqui)
- Emergências pelo 190
- Disque 180
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