O setor cultural, um dos primeiros a parar, foi um dos mais impactados pela pandemia de corona vírus e pelas necessárias medidas protetivas que determinaram um período de isolamento social. Essas medidas atingiram em cheio locais como teatros, cinemas, centros culturais e bares, cancelando apresentações e, consequentemente, afetando toda a cadeia de negócios que orbitam esses eventos.
Para auxiliar os que quiserem compreender melhor o impacto nessa cadeia de negócios, é importante que destaquemos alguns dados que ajudam a ilustrar o tamanho dos prejuízos e a urgência da criação de políticas públicas voltadas a manutenção da produção cultural e de seus responsáveis diretos: os trabalhadores do setor.
Em estudo recente, a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) estima que o prejuízo na área, que colabora com 2,64% do PIB brasileiro, pode ser de mais de R$ 100 bilhões. Já um relatório da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos aponta que cerca de 580 mil profissionais do setor podem perder os seus empregos nos próximos meses.
Este setor emprega algo em torno de 5,7% da força de trabalho no país. Mais de 5 milhões de pessoas que ajudam a impulsionar a economia e que foram atingidas diretamente. Profissionais como seguranças, motoristas, faxineiros, bilheteiros, porteiros, garçons, manobristas, serralheiros, carpinteiros, costureiras, empresas de iluminação e sonorização, de locação de estruturas, além dos mais variados tipos de comércios que fornecem materiais e equipamentos, tiveram imediatamente suas contratações suspensas.
Esses dados reforçam a necessidade da ativação imediata de políticas públicas que consigam minimizar as perdas nessa engrenagem tão importante para a economia nacional.
Cultura é identidade, educação, entretenimento, mas também é economia!
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