Entrando no embalo da nova colega de Repórter Guaibense, Janaína Bach e sua coluna Viajando pelo Rio Grande, resolvi também começar uma viagem com vocês.
Já estamos acostumados com os voos rasantes do Drone Cultural pelos céus de nossa cidade em busca de boas histórias, mas agora vamos fazer viagens um pouco mais longas. Percorreremos a linha do tempo da História da Arte em busca de obras que remontem a construção do pensamento artístico no decorrer da História da Humanidade.
Te ajeita na cadeira, pega um lanche ou uma bebida gostosa por que a viagem promete.
A coluna de hoje vai nos levar para o século XIX, mais precisamente vamos fazer uma parada na distante Noruega, no ano de 1879. Assim como na coluna Um Doutor Inimigo do Povo, vamos visitar a dramaturgia de Henrik Ibsen. “Coincidentemente”, assim como na coluna O crime que chocou o mundo, a personagem principal também é uma mulher que quebrou paradigmas e iniciou tradições de linhas de discussões em diversas áreas do conhecimento.
Nossa viagem da semana terá como destino o texto Casa de Bonecas, obra que credenciou Henrik Ibsen ao título de Pai do Drama Moderno.
Comecemos conhecendo um pouco mais sobre nosso anfitrião:
Nascido em 20 de março de 1828, na pequena cidade norueguesa de Skien, Ibsen foi um obstinado escritor que perseguiu amadurecer e desafiar a própria escrita ao longo dos quase 50 anos de carreira.
Uma trajetória que experimentou várias vertentes literárias, iniciando pela poesia e, a partir da década de 1850, enveredando para a dramaturgia por meio de peças escritas em verso (algo muito usual em sua época e vivo até hoje em diversas expressões teatrais populares).
Os primeiros anos de sua carreira não foram muito empolgantes do ponto de vista do reconhecimento. Até os 36 anos de idade ele passava por muitas dificuldades financeiras e, consequentemente, de manutenção de seu tempo dedicado à pesquisa.
Na primeira oportunidade, em 1864, partiu para Roma, fugindo da Guerra dano-prussiana, aproveitando uma bolsa de pesquisa, estabelecendo residência por muitos anos e tendo boa parte de sua produção escrita a partir da Itália, com algumas temporadas também em solo alemão.
Transitou por diversas fases estéticas no decorrer de sua produção escrita. Grosso modo, podemos dividir as etapas da criação de Ibsen em Romântica, fase marcada por textos como Brand e Peer Gynt; Realista, fase composta por clássicos do calibre de Casa de Bonecas, Espectros e Um Inimigo do Povo; e, por fim, uma etapa próxima ao Simbolismo, fase em que o autor nos entregou obras emblemáticas como O Pato Selvagem, Hedda Gabler e A Dama do Mar. Para alguns estudiosos e críticos, essa última fase, na verdade é mais bem enquadrada se a enxergarmos como realismo de introspecção psicológica e transrealismo por meio da incorporação de procedimentos do simbolismo, onde o fantástico aparece aliado ao real.
Apartidário radical, colecionou desafetos entre os conservadores e liberais defendendo uma dramaturgia focada no indivíduo e seus conflitos pessoais, em situações que, mesmo que fossem de cunho familiar, invariavelmente, retratavam dramas da sociedade que permaneciam abafados dentro das casas burguesas.
Seu legado está ligado com a sua incrível capacidade de desnudar os segredos, medos e podres privados de uma sociedade baseada nas aparências e interesses mesquinhos.
Aqui, antes de começar a resenha sobre a peça, cabe fazer uma breve exposição sobre o contexto histórico da época em que Ibsen viveu e onde Casa de Bonecas foi escrita.
No século XIX, os países europeus passavam por profundas transformações (culturais, sociais, geopolíticas) e grandes conflitos (bélicos e ideológicos). Na esteira da Revolução Científica (XV - XVIII), as Revoluções Industrial e Francesa, eram prenúncios de uma nova Era. Este período, marcado por intensa movimentação cultural, social e política, testemunhou a evolução dos pensamentos científico, tecnológico, e filosófico, que se traduziram também nas escritas e nas esculturas. Com o constante aumento da estratificação social (número de camadas sociais) dentro da sociedade burguesa o estudo da Sociologia também vivenciou evolução do ponto de vista das abordagens e objetivos das análises.
A ciência estava em alta na transição entre os séculos XVIII e XIX. Quem diria, não é mesmo?
Nesta época, surgem inovações como o telégrafo, a luz elétrica, a locomotiva e o telefone.
Se quisermos ter uma ideia de como as coisas estavam evoluindo, podemos pensar que em 1828, ano de nascimento de Henrik Ibsen, as locomotivas a vapor, inventadas em 1804, atingiam no máximo a velocidade de 30 Km/h, ao passo que em 1879, ano de lançamento de Casa de Bonecas, seria apresentado o primeiro modelo de locomotiva elétrica, ambicionando deixar a tecnologia a vapor no passado.
A questão do domínio da energia elétrica também foi muito importante para a evolução do Teatro. Em 1879, quando Ibsen escreveu e estreou a peça, nem Roma, local onde vivia, nem Copenhagen, local de estreia, sabiam o que era uma lâmpada elétrica. Thomas Edison só apresentaria sua invenção ao mundo dois anos depois. Portanto, quando Ibsen pensou o texto em cena, só contava com velas e tochas como artifício de luz. Isso faz muita diferença do ponto de vista cênico.
Todas essas evoluções tecnológicas refletiam nas práticas artísticas e na dinâmica do trânsito de informações/conhecimentos pela Europa. Se antes da invenção do telegrafo, em meados do século XVIII, a forma mais rápida de uma localidade distante receber uma determinada informação era por meio de um mensageiro e seu cavalo, em 1876, três anos antes da estreia de Casa de Bonecas, a ciência de Alexander Graham Bell já nos apresentava o telefone, o que sem dúvida, décadas para frente, se tornaria um instrumento do cotidiano de transmissão de conhecimentos.
O Realismo, estética onde se enquadra o texto em questão, também surge no século XIX, na França.
No teatro realista, os personagens são mais comuns, tratados como alguém do cotidiano, geralmente quebrando com o estigma do herói romântico. Além disso, o tema pode apresentar questões sobre engajamento, abordando os problemas sociais, políticos e morais. A linguagem também é mais direta, objetiva, e foge do lirismo exacerbado e da fala rebuscada encontradas nas peças românticas. O verso abre espaço para a prosa.
Pode-se dizer que desnudar drasticamente o abuso social, discutir o relacionamento entre indivíduo e sociedade, mostrando-se como um teatro útil era uma das ambições/tarefas do teatro realista.
No aspecto visual do espetáculo, os cenários ficaram cada vez mais detalhados e, do ponto de vista dialético, as personagens não se dirigem mais ao público, conversam entre si.
Muito autores desta época aderiram aos encantos do Realismo e fizeram isso de forma exitosa para o público e para a crítica.
Então o que faz de Henrik Ibsen esse fenômeno apontado como Pai do Drama Moderno?
A resposta está justamente no texto que vim apresentar para vocês nessa viagem no tempo.
Ibsen inaugurou o que tempos mais tarde foi batizado como Novo Drama.
Ao invés de provocar desfechos que, devido ao número de peripécias na reta final, metaforicamente, mais pareciam partidas de boliche, o novo estilo provocava uma espécie de contemplação ativa, mais parecida com as partidas de xadrez.
Utilizando-se de textos com diálogos vivos e reais que mexiam com crenças consolidadas e valores íntimos, Ibsen invadiu e expôs o que acontecia nas salas de estar e salões da burguesia de sua época.
Sua grande inovação foi a inclusão da “Discussão” na estrutura dos textos.
A norma formal ditada pela França, conhecida como Pièce bien faite, determinava que uma peça teatral deveria ser dividida em três atos. No Primeiro Ato deveria ocorrer a exposição do contexto/tema abordado, no Segundo Ato, o leitor/espectador era apresentado à situação. O Terceiro Ato era reservado para o desfecho da narrativa.
O que Ibsen fez, ao invés de apresentar um desfecho ao fim da peça, foi substituir essa etapa pela etapa de discussão. Com isso, transformou o terceiro ato em uma /espécie de introdução para o que viria após a última fala das personagens. As peças não acabavam dentro do teatro, elas alimentavam as discussões que viriam depois que as cortinas fechassem.
Casa de Bonecas abre essa série de peças com finais que provocariam controvérsias na recepção do público e da crítica.
A peça funciona como uma espécie de “dissecação” de um típico casamento consagrado pela arrogância masculina e pela esperada submissão feminina. O casal Nora e Torvald Helmer levam, junto aos seus três filhos, uma vida burguesa normal, sem grandes luxos, porém aparentemente feliz.
A rotina tranquila, levada sob controle, em um cenário de mimos e frivolidades que alimentavam a atmosfera de superioridade e propriedade masculina sobre a mulher, passa a ser ameaçada pela eminente revelação de um segredo que pode manchar a reputação da família.
No passado, Nora, desesperada para salvar a vida de seu esposo acometido por uma grave doença, falsificou a assinatura do próprio pai, já moribundo, para obter um empréstimo que pagaria a viagem em busca da cura de Torvald. Nora consegue reestabelecer a saúde e manter o segredo de sua dívida durante oito anos de casamento.
Krogstad, homem de péssima fama e funcionário do banco onde Torvald acaba de ser promovido à gerente, possui a nota promissória da dívida adquirida de maneira fraudulenta e passa a chantagear Nora para que esta convença o marido a manter o seu emprego no banco.
A peça é permeada pelos segredos que tecem uma rede de mentiras intimamente ligada com o passado das personagens, deixando-as o tempo todo próximas de um precipício de desilusões.
Ironicamente, Krogstad, o falsificador e chantageador, tem uma condição bastante semelhante a vivida por Nora. Entretanto, Torvald que não poupava críticas ao passado de seu colega mal falado, ainda alheio às verdades dos fatos, via em sua esposa nada mais que o retrato do padrão feminino esperado na época: frágil, desprotegida, fútil, superficial e carente de seu maior conhecimento sobre o mundo.
Torvald não faz ideia dos sacrifícios que Nora foi capaz de fazer. No final das contas, Krogstad e Nora são pessoas que praticaram atos ilegais motivados por amor, mas cujas leis e rigorosos códigos de conduta social (geralmente carregados de hipocrisia e contradições) costumam punir exemplarmente. O tormento de uma vida de aparências, baseada na necessidade de constante aceitação consolidada, já naquela época regia as ações humanas no âmbito social.
Mesmo sob uma camada de conforto, Nora vive em um ambiente hostil: o universo feminino saturado pelo sufocamento dos desejos, pela permanente entrega aos caprichos dos homens (não apenas maridos, mas também pais, irmãos, etc) e pela exigência “sagrada” de inabalável crença na reciprocidade do amor incondicional.
Essa aparente área de conforto sofre um grande abalo quando o segredo de Nora vem à tona e se depara com a reação egoísta e cruel de um marido mais preocupado com sua honra e sucesso profissional do que com a integridade de sua mulher.
Logo que descobre o que sua esposa fez, Torvald humilha Nora ao ponto de dizer que ela não tem condições de educar nem mesmo os próprios filhos. Entretanto, ao descobrir a desistência de Krogstad da intenção de revelar a fraude para a sociedade, Torvald, percebendo que o crime da esposa não seria mais repercutido, volta atrás declarando-se apaixonado e apto a “perdoá-la” pelo malfeito.
Diante do comportamento decepcionante de seu esposo, Nora reage com determinação, impondo o seu próprio grito de liberdade.
Nora se dá conta de que nunca passou de um enfeite adornando as reputações masculinas. Primeiramente ao lado de seu pai e por fim como um troféu de seu esposo. Consciente de sua condição, decide partir, deixando o marido e os filhos para seguir sua vida em busca de seu “verdadeiro eu”, de sua verdade e individualidade.
Esta é uma parte do diálogo final do casal:
TORVALD – Está tudo acabado! Você nunca mais vai pensar em mim, Nora?
NORA – Vou pensar muitas vezes em você, é claro, e nos meus filhos, e na casa.
TORVALD – Posso lhe escrever, Nora?
NORA – Não! Nunca. Proíbo-o de fazer isso.
TORVALD – Ah, mas decerto posso lhe enviar algo.
NORA – Nada, nada.
TORVALD – Ajudá-Ia, se você precisar.
NORA – Não, já lhe disse. Não aceito nada de estranhos.
TORVALD – Nora ... nunca passarei de um estranho para você?
NORA – (segurando a maleta) Ah! Torvald, para isso seria preciso o maior dos milagres.
TORVALD – E qual seria o maior dos milagres?
NORA – Seria preciso transformarmo-nos os dois a tal ponto ... Ah, Torvald! Já não mais acredito em milagres.
TORVALD – Eu, porém, quero crer neles. Diga. Deveríamos nos transformar a tal ponto que ...
NORA – ... que a nossa união se transformasse num verdadeiro casamento. Adeus. (Sai pela porta da saleta)
TORVALD – (caindo numa cadeira junto à porta e cobrindo o rosto com as mãos) Nora! Nora! (Ergue a cabeça e olha em tomo de si) Está vazia, ela não está mais aqui! (Com um vislumbre de esperança) "O maior dos milagres!"
(Ouve-se, vindo de baixo, o bater do portão. A peça acaba)
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Não preciso nem dizer o burburinho que esse final surpreendente causou na época da estreia.
Na verdade, ainda nos dias de hoje, uma mulher abandonar o marido e os filhos é visto com mais recriminação do que um homem abandonar sua família. Mesmo em sociedades mais avançadas, aqui no século XXI, esse desfecho ainda é capaz de causar frisson.
Esta peça de Henrik Ibsen inaugura, na obra do autor, a tradição de personagens femininas que buscam afirmar suas personalidades e direito à liberdade em um terreno hostil.
Podemos dizer que, naquele contexto, essas personagens levavam até o público ações de mulheres que, do ponto de vista do ideário moralista da época, eram consideradas, "anti-femininas", já que não obedeciam a esperada (e estimulada) submissão feminina baseada no desapego ao orgulho próprio, no amor incondicional e sacrifícios incontestáveis em prol da manutenção da família a qualquer custo.
Será que a condição feminina mudou muito nos últimos 143 anos? Mesmo com todas as conquistas, será que no íntimo dos lares (burgueses ou não) as exigências não continuam sendo as mesmas ou até piores?
Os desdobramentos de perguntas como estas, infelizmente, fazem com que este texto atravesse décadas sempre com essa cara de atual. Quem sabe um dia, ele represente uma situação distante da realidade dos dias atuais.
Após Casa de Bonecas, Henrik Ibsen continuou causando diversas discussões sobre suas peças e personagens. Teve uma carreira consolidada e produtiva até 1903, ano em que, devido a uma série de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), parou de escrever. Hoje, 23 de maio de 2022, sua morte completa 116 anos, mas o legado e a tradição provocativa deste dramaturgo permanecem vivos, cumprindo seus objetivos.
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SOBRE O FEMINISMO NO TEXTO:
Mesmo parecendo ter uma intenção militante, a princípio esse viés não nasceu de um desejo deliberado do autor.
Segundo nos mostra o livro Henrik Ibsen – O Pai do Drama Moderno, em discurso na Liga para os Direitos das Mulheres, o próprio Ibsen explicou:
"Eu agradeço o brinde, mas preciso recusar a honra de ter conscientemente trabalhado pelo movimento dos direitos das mulheres. Eu nem sei direito o que este movimento de direitos das mulheres exatamente pretende. Para mim tem sido um problema da humanidade em geral. E se vocês lerem os meus livros cuidadosamente vocês irão perceber isto. É verdade que se faz imperioso que os problemas das mulheres sejam resolvidos, juntamente com todos os outros; mas este não foi o propósito. Minha missão foi a de descrever a humanidade".
O fato é que, de lá para cá, a despeito das intenções primárias do autor, este texto colaborou com diversas teses de defesa aos direitos das mulheres.
ALGUMAS CURIOSIDADES:
> UM FINAL ALTERNATIVO
Pensando nos problemas causados pelo bombástico final polêmico da peça, o autor se viu obrigado a, mesmo contra sua vontade, ter um final alternativo para ser apresentado em lugares onde o conservadorismo não via com bons olhos tamanha provocação.
Mesmo onze anos depois, em 1890, na Alemanha, a atriz Hedwig Niemann-Raabe negou-se a apresentar o final original, obrigando o uso do final alternativo.
Segue uma parte da transcrição deste desfecho:
NORA – Quando a gente poderia ter feito uma vida de verdade com o nosso casamento. Adeus. (Começa a ir embora)
TORVALD – Então vai! (Agarra o braço dela) Mas primeiro tu precisas ver os teus filhos pela última vez!
NORA – Me larga! Eu não vou vê-los! Não consigo!
TORVALD (leva ela até a porta, à esquerda) – Tu tens que vê-los. (Abre a porta e diz suavemente) Olha, eles estão ali dormindo, em paz e sem preocupações. Amanhã quando eles acordarem e chamarem pela mãe deles, eles estarão - sem mãe.
NORA (tremendo) – Sem mãe...!
TORVALD – Assim como tu também já esteve.
NORA – Sem mãe! (Se debate consigo mesma, deixa a sua mala cair, e diz) Oh, este é um pecado contra mim mesma, mas eu não posso deixá-los. (Cai de joelhos perto da porta).
TORVALD – (com alegria, mas de forma suave) - Nora!
(Fecha a cortina, acaba a peça)
> BASEADO EM FATOS REAIS
Outra curiosidade bastante ventilada entre os estudiosos, nos diz que o enredo de Casa de Bonecas foi baseado em uma história verídica.
Em 1860, o autor teria conhecido Laura Smith Peterson, escritora que estava produzindo uma continuação para Brand, peça de Ibsen escrita em sua fase ligada ao romantismo. Ela, ao que tudo indica, contou para Ibsen que contraíra, por meio de ato fraudulento, uma dívida para salvar a saúde de seu marido. Exatamente a mesma situação dramática de Nora.
Ibsen teria aconselhado Laura a contar a verdade para o marido, pois acreditava que somente a verdade poderia conduzir o indivíduo à liberdade. Porém, o desfecho dessa história foi trágico: ao saber do feito de sua esposa, o marido de Laura pediu separação, tirou a guarda dos filhos, a internou em um sanatório e só a retirou de lá após ela aceitar que ele fosse seu tutor legal.
Dezenove anos mais tarde, como um fantasma do passado, a mesma situação visita o enredo de Casa de Bonecas e consagra Henrik Ibsen.
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Acho que já está de bom tamanho para essa primeira viagem no tempo, não é mesmo?
Essas excursões sempre rendem muito.
Se você gostou do passeio, fica por aqui comigo. De onde veio essa história, tem uma caçamba cheia de coisas interessantes para contar.
Até a próxima viagem!
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