Sim, um dia para relembrar a luta vivida por todas as mães, irmãs, filhas e esposas... Um momento para refletirmos todo o sentido simbólico dessa data que trás consigo uma história de dor, sofrimento e desigualdade.
Fica difícil de assimilar todas as barreiras enfrentadas por infinitas gerações de mulheres que foram muito além de sua capacidade de lutar, pagando em muitas vezes com a sua própria vida na busca pela igualdade de direitos mais básicos, como o voto, divórcio, trabalho e salário.
As condições de trabalho desumanas em que milhares de trabalhadoras eram submetidas em fábricas no século 19, fora um dos grandes desencadeadores do movimentos de reconhecimento por esse dia, sendo uma das vertentes o incêndio que vitimou centenas de mulheres que estavam trancadas em uma indústria têxtil em Nova York.
Muito embora seja notável o avanço dos direitos nas últimas décadas com o reconhecimento e abertura de espaço em lugares imperava somente a presença, os números nos mostram que ainda estamos longe de uma condição ideal.
Conforme levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego publicado no Portal da Transparência do Governo Federal, as mulheres ganham em média 25% a menos do que homens na ocupação dos mesmos cargos e quando comparadas as mulheres negras a homens brancos essa diferença chega a atingir o estarrecedor percentual de quase 50%. Estes percentuais demonstram o enorme abismo somente no mercado de trabalho.
E se falarmos no aumento da violência contra a mulher, temos uma situação que ainda necessita de forte atuação da nossa sociedade. Os números de feminicídio nos mostram que as mulheres, sofrem a violência dentro de sua própria casa tendo como algozes na maioria das vezes os seus companheiros e ex companheiros, movidos com o término da relação ou por ciúmes.
Junto deste cenário, ainda temos uma condição sui generes que tem contribuído nos últimos anos com discursos de ódio contra as mulheres, mais precisamente ao ideal feminista, alimentado pelo aumento do fundamentalismo religioso, em muitas congregações evangélicas, que vem promovendo a ideia de submissão das mulheres aos homens por alegada “vontade divina”.
Apesar de lutar contra tudo isso, violência, assédio, desigualdade, somente as mulheres têm o condão de transformar a vida do nosso mundo... Pois é no ventre delas que a humanidade se constrói, é no afago da mãe que o amor mais belo se reproduz e no colo de nossas amadas esposas é que repousa o carinho alentador e infinito...
Que elas não sejam somente rosas, mas luz, força e determinação que transforma e ao mesmo tempo perfuma a nossa humanidade...
Feliz dia Internacional a todas as nossas incansáveis guerreiras...
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