Repórter Guaibense

Quinta-feira, 28 de Marco de 2024

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A afetividade no tradicionalismo

A semente da afetividade e da representatividade foi plantada com ainda mais adubo, o da boa-venturança

A afetividade no tradicionalismo
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Os queridos leitores, que acompanham as matérias que costumamos escrever, notam que não trazemos apenas notícias rebuscadas, temas históricos, enfim. Gostamos de preparar terreno, embasando os caríssimos leitores, para que em seguida possamos falar de temas atuais, que por vezes questionam o uso dos princípios básicos do tradicionalismo.

Já falamos algumas vezes da tese do Barbosa Lessa que deveria reger as diretrizes básicas da autoridade máxima do tradicionalismo, o MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho). Digamos que rege, pois está em todos os lugares de direito, quem não seguem os princípios, são os tradicionalistas relapsos. Hoje podemos comprovadamente falar de tal assunto com muita propriedade.

Nesse final de semana que passou, visitamos Turvo, no CTG Vale da Amizade, onde ocorreu a 5ª Etapa do Festival Nacional da Cultura Gaúcha (FNCG) mais de 1,5 mil participantes do movimento, que fazem tradicionalismo com ênfase nas provas artísticas. Foram muitas invernadas nas categorias Mirim, Juvenil, Adulta e Veterana, outras tantas inscrições para concursos individuais entre: declamação, chula, violão solo, gaita e interprete vocal. Até aí nenhuma novidade para quem está acostumado a frequentar o meio, ou mesmo quem acompanha de longe. O tema é mais das variedades do que parece. Variedades?

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Sim meus queridos, tivemos entre uma enxurrada de “estrangeiros” (refiro-me aos não Rio-Grandenses nesse caso) CTGs de diversos lugares, poucos do nosso estado e muitos de Santa Catarina inclusive. Participantes de Porto Alegre, Canoas, Carazinho, Espumoso, Turvo, Vacaria, Caxias, Chapecó, Florianópolis, São José e Lages.

Tivemos vários episódios que nos faz crer que, longe dos pagos se faz tradicionalismo, principalmente quando o assunto é afetividade.

Ficamos alojados em uma escola, fomos recepcionados pelo representante da entidade organizadora e tivemos um final de semana agradável e venturoso.

Nossos componentes da parte artística desempenharam com maestria suas participações, foram declamadores, interpretes, gaiteiro, dançarinos e uma egrégora tão bela que contagia até quem está só acompanhando, como é o caso dos meus sogros, da vó Jane, tia Silvia entre outros.

A semente da afetividade e da representatividade foi plantada com ainda mais adubo, o da boa-venturança.

Vimos o João Pedro, a Alicinha, o Lorenzo, o Vitinho representando com imponência as modalidades a que se proporam, que pareciam maiores que nós, essa piazada medonha.

No CTG Gomes Jardim é assim: o que se preza é a afetividade, isso que se ensina desde a base até os mais velhos. O que nos move é a fraternidade e a alegria de poder contribuir para um mundo melhor. E tivemos demonstração que lá pras bandas de Vacaria também é assim, fraternidade e afetividade na alma.

Nosso peão juvenil, o Vitinho, iria ficar de fora da apresentação de declamação porque os jurados não teriam o bom senso de esperar que seu amadrinhador dançasse para depois ele apresentar-se, foi então que o Ítalo, amadrinhador do G.A.N. Sepé Tiaraju se prontificou a acompanha-lo de forma livre e sem custo, para que ele pudesse apresentar sua arte.

Foi lindo de ver, lindo de estar nesse enlace afetivo, ver a alegria no rosto daqueles que prezam pela tradição e fazem maior o rol de amigos, para que sejamos semeadores da bondade. Afinal, os troféus serão carcomidos pelos cupins e estragados pela umidade, empoeirados em uma vil estante. Os gestos de afeto e bondade, serão eternizados na alma de quem a recebe, florescerão e frutificarão em gestos similares, pois a bondade é o caminho da cura dos males do mundo.

 

                                           "Que o maior presente entre as pessoas,                                                                                                                                         sejam a bondade e o amor fraterno!”

                                                          Mário Terres e Tainara Moraga

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