Quando Paixão Cortes e Barbosa Lessa trouxeram editado seus livros com conteúdos culturais, como danças, vestimentas, usos e costumes dos gaúchos de antigamente, talvez não imaginassem a magnitude do impacto social de todo o conteúdo produzido.
Quando lançaram o Manual de Danças Gaúchas, com um compilado das suas pesquisas e entregaram ao povo gaúcho, começou um movimento, que perpetuou-se por si só, com a energia e o enlace indescritível.
Já escrevemos que: “A dança é instrumento de ligação que une gerações, constrói conexões, mesmo com aqueles que ali assistem há apresentação. Ela fomenta a leveza para alma do bailarino e do publico. Vamos te fazer um convite, que tal te observares quando estas assistindo a uma apresentação, seja ela ao vivo ou por vídeo, esboçamos um sorriso, até sem notarmos!! Batemos palmas, respeitando a arte, mas também é uma demonstração de alegria pelo que foi visto! Sim, cultural, tem essa magia. E então, nossa mente se permite apenas contemplar, dando um tempo para os problemas, preocupações, anseios que a vida nos traz.”
Nessa coluna, sempre falamos que a dança tradicional é poderosa ferramenta social para unir, alegrar, tornar saudável o ambiente, brincar, exercitar, porém acontece um fenômeno com alguns grupos que é o estresse, a desmobilização e até o afastamento. A carga é muito alta pela cobrança na competitividade, isso afeta inclusive as crianças, que não são tratadas como tal, não têm suas idades respeitadas e sofrem com sobrecarga nos ensaios, cobranças fortes e exageradas pela dança, porque instrutores se esquecem que são crianças e que querem brincar de dançar.
E junto a tudo isso, vem aí mais um desafio, entre o passado e o presente, que são os estímulos externos, exemplo: celular com seus vídeos rápidos e hipnotizantes! Que geram até uma dependência se não dosado o seu uso. Tudo iss se torna um desafio para que mantenhamos um ambiente harmonioso e leve, pois ainda que nossas crianças, por vezes, já estão mais avançadas em algumas temas da vida, ainda são apenas crianças. Precisamos ter muito cuidado com a comunicação, e não estamos aqui nos referindo somente a fala em si, mas também nossa comunicação não verba. Sim!! Ela também comunica muito, podemos mencionar: o olhar, os gestos, expressões faciais... elas comunicam muito! E pode gerar um nível alto de ansiedade, autocobrança e desinteresse em querer fazer parte.
Claro, que nós aqui, também como dançaríamos de grupo de danças (invernada), sabemos que disciplina é importante para o bom andamento do trabalho, porém, tenhamos atenção com nossos pequenos, há muito maneiras leves e lúdicas, de manter a gurizada! Afinal, eles são a continuidade de um legado construídos, pelos que aqui, já passaram.
Don Barulho diria: “Deixe a gurizada fazer arte, deixa essa piazada gritar, pular e brincar, tem muita energia e a responsabilidade deles está no amadurecimento, não amadureçam as frutas forçadamente, porque vão perder o gosto e o viço, adubem com valores, reguem com afeto e no tempo certo elas estarão maduras.”
Esse Don Barulho dava aula...
“que o maior presente entre as pessoas, sejam a bondade e o amor fraterno!”
Mário Terres e Tainara Moraga
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