Em primeiro lugar gostaria de desejar um lindo 2023 para todos os amigos que me acompanham por aqui nesta bela tarefa que é falar sobre Cultura em um espaço cada vez mais nobre para nossa cidade.
Desejo que neste ano possamos desempenhar todo o nosso potencial naquilo que mais desejamos/amamos, seja no que for, com a certeza de que podemos ser valorizados pelo que somos em essência. Que todos tenham oportunidades de crescimento e possibilidades para aproveitá-las da melhor forma, seja no que for.
Vindo ao encontro deste desejo, a esperança do setor cultural está completamente renovada com o renascimento do Ministério da Cultura.
Essa euforia não se deve apenas a questão formal (que por si só já gera efeitos práticos muito positivos). O sentimento de boas novas vem do tipo de gestão que se anuncia e da visão macro que os responsáveis prometem para cada um dos setores responsáveis por essa verdadeira reconstrução. Na coluna "Desmanche", trouxe o relatório da equipe de transição onde ficou explícito o retrocesso criminoso imposto ao setor durante todo esse período em que ficou subjugado aos pés de uns loucos fanáticos com ideologia nociva ao espírito e à dinâmica da Cultura Brasileira.
Como já era esperado, o governo atual, dia após dia, vem dando declarações que demonstram que haverá muitos esforços para recuperar o país dos prejuízos econômicos, sociais, patrimoniais e históricos que nos foram impostos nos últimos anos.
Para que fique registrado aqui, de forma histórica, colocarei o discurso da nossa ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Que sirva de inspiração, mas que também seja objeto de comparação entre o que está sendo prometido e o que será realizado nos próximos quatro anos.
Com a palavra, a excelentíssima ministra da cultura, Margareth Menezes:
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“Obrigada a todos, boa noite! Que momento especial! Eu quero saudar todos aqui presentes. É vou usar assim... a mesa saudar em nome da Janja, para saudar a todos. Também externar o meu abraço ao governador da Bahia que está aqui presente, todos os ministros e ministras que estão aqui presentes, aos deputados e senadores, a todos os trabalhadores e trabalhadoras da cultura do Brasil, aos meus colegas artistas, a minha família, está aqui presente também, meu irmão César representando minha família ali, a Mar, minha companheira que está aqui também, muito obrigada!
Boa noite, a todos e a todas as autoridades já anteriormente citada e ao povo desse país maravilhoso, afetuoso, forte, criativo e combativo. Boa noite, a toda classe artística, a todos os técnicos, produtores, criadores, fazedores de Cultura, aos funcionários de carreira do Ministério da Cultura, especialmente, aos que atravessaram esses tempos tão difíceis do Brasil, minha salva de palmas para vocês.
Benção minha mãe e meu pai que já estão no Orum, meus irmãos e irmãs, minha família. Benção meus irmãos de luz e de fé, benção meus irmãos brasileiros!
Eu, Margareth Menezes da Purificação, sou cidadã brasileira de raízes afrodígena, criança nascida na periferia de Salvador, na Península de Itapagipe, no estado da Bahia, do Nordeste brasileiro. Cantora, compositora, sou artista popular e trago dentro do meu peito, um amor pelo Brasil diverso, por esse povo lindo, forjado na resistência, símbolo de alegria de viver e da diversidade que tanto nos orgulha, por sua capacidade de síntese abertas e reinvenções infinitas.
Saúdo o lugar de onde nos reunimos agora, encruzilhada física e simbólica que o eixo monumental, o eixo Norte e Sul de Brasília, desenham no coração, Cerrado Sertão brasileiro. Lugar de travessias que percorremos espiritual e corporalmente, rumo ao futuro, construindo como nação, não sem percalços, é verdade, não sem perdas, como dos recentes anos que atravessamos, especialmente, nós do setor cultural. O encontro desses dois eixos rodoviários, formam no imaginário brasileiro, um ponto de confluência das inúmeras culturas do Norte, Nordeste, Sul, Leste e Oeste do Brasil litorâneo ao Brasil profundo, que se combinam numa identidade diversa, única, múltipla, mas sempre rica.
Na cultura, há sempre riqueza, tudo é riqueza! Do carnaval vibrante coletivo a poesia intimista da bossa nova; da arquitetura moderna ao modo de dobrar a palha do milho da pamonha; a sabedoria do repente ao rap transformador; o baile funk; a ginga da capoeira; o samba; a literatura dita e escrita ao cinema, tudo é cultura, esse núcleo estético e ético da vida. Temos um Brasil inúmeras carências de acesso a bens e serviços, mas uma cultura rica.
Hoje, aqui juntos, damos início a desafiadora missão de refundar o Ministério da Cultura. Há quase 40 anos, o MinC foi fundado com uma conquista da redemocratização brasileira, reconhecendo que cultura precisava de um Ministério que tratasse com exclusividade do tema. Foi a primeira batalha vencida, pelos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, possibilitando o fortalecimento do setor cultural.
E por que o MinC foi extinto? Obviamente, não foi porque ele é irrelevante, mas justamente pelo contrário, quem o extinguiu, sabe da nossa importância, combate-se a cultura, quando se quer um país calado e obediente. A cultura incomoda, a cultura mexe, a cultura desobedece e floresce, por isso ela é também expressão de democracia e direitos. Dela, a arte oxígena, porque remove camadas profundas do nosso viver e do nosso ser, cultura e arte, são ferramentas de transformação constante, independente das ações que tentam brecá-las, quanto mais se tenta freia-lás, mais desafiadora e revolucionária renascerão.
A arte é o exercício do talento, pessoas que dedicam a vida inteira ao seu fazer artístico e por isso, o desmonte das políticas públicas da cultura, trouxe não só prejuízos econômicos, mas também muita dor. Nos últimos anos, passamos por uma pandemia que ceifou milhares de vidas dos brasileiros e também dos profissionais de todas as áreas, perdemos muitos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, entre elas, o querido ator Paulo Gustavo e o letrista compositor Aldir Blanc, dois artistas que são hoje, potentes símbolos de luta dos fazedores e fazedoras de cultura do Brasil.
Durante a pandemia, os artistas brasileiros sofreram como nunca, o prejuízo econômico do setor artístico cultural foi de proximadamente 63 bilhões, segundo pesquisas recentes. Sem Ministério, sem políticas culturais e sem recursos, muitos dos mais criativos e sensíveis brasileiros, tiveram que deixar os palcos, as telas, as bibliotecas, os ateliês e buscar outras atividades para poder sobreviver. Com isso, o próprio Brasil ficou mais calado, apequenado, triste, tentaram nos calar, parte da travessia acabou, mas houve resistência e ninguém soltou a mão de ninguém!
Durante o período em que o Brasil ficou sem o MinC, tivemos apoio de parte significativa da sociedade brasileira, de muitos meios de comunicação e de congressistas que se solidarizaram com a nossa luta e ganharam de nós, todo o nosso reconhecimento, por terem atendido o nosso chamado de socorro, e assim, aqui e agora, gostaria de agradecer aos deputados e senadores que foram sensíveis a pauta da cultura e que criaram e aprovaram importantíssimas leis – Aldir Blanc e Paulo Gustavo, uma salva de palmas para os nossos congressistas do Brasil aqui presentes, Benedita da Silva, Jandira, pessoas dos Estados também.
Para que estivéssemos aqui hoje, nesse lindo Museu da República, vendo o MinC renascer, foram necessárias muitas lutas. A primeira, foi a luta pela sobrevivência dos trabalhadores e trabalhadoras do setor; e, a outra grande batalha, foi a que trouxe a vitória do nosso presidente Lula, um amigo, aliado de primeira hora da cultura brasileira.
Nessa vitória, os artistas foram mais uma vez fundamentais pelo seu poder de engajamento afetivo e mobilização dos corações e mentes, com a nossa luta e tantas outras, o amor venceu o ódio, a tristeza e a truculência. Estávamos tristes, com medo, perseguidos e algumas vezes humilhados, mas agora, abrimos mais uma vez nossos olhos, para este encanto único que é o Brasil, nossa casa que estava sendo demolida de dentro para fora, a partir da sua alma que é a cultura.
Faremos parte da reconstrução do nosso país, como artistas e gestores, agora mais que nunca, com a potência econômica, o MinC novo será central no processo de reencantamento do nosso país, que foi propositadamente desencantado.
Existem aqueles que têm vergonha da cultura brasileira, do Brasil encantado, do Brasil profundo, do Brasil real que vive nas periferias, nos Sertões, nos interiores, ou seja, das nossas culturas populares. Isso ocorre, porque boa parte vive da ostentação de ver a cultura, como elemento de distração e ornamento, não como algo vital em que uma sociedade e na vida pessoal, como sabemos os que vivem e trabalham de cultura e as nações mais evoluídas socialmente, intelectualmente, consideram a cultura como poder, um poder de transformação. A cultura é como a força motriz de um povo, é como o sangue nas veias do corpo que leva os nutrientes vitais. As nossas conquistas foram alcançadas, literalmente, com sangue, suor e lágrimas.
A cultura brasileira é um caldeirão efervescente; um elixir poderoso; é como cipó das visões dos povos originários; é como a força inquebrantada dos ancestrais africanos; é como os anseios dos sonhos de brancos, índios e negros; é como a consciência de todos que já aprenderam a entender o valor da democracia e, como é perversa a ignorância e as injustiças sociais.
Eu venho desse caldeirão, dessa luta de muito sangue derramado, de muitas vidas perdidas para violência, do racismo estrutural, eu venho ao lado dos que fizeram e fazem da arte e a cultura do nosso país, eu venho de lá da ponta, eu venho, daí de vocês.
A cultura é a base primordial para educação, pois ela é referência, é fator de desenvolvimento econômico e social, de inclusão e de cidadania, mas acima de tudo, ela qualifica e conscientiza uma ideia profunda de democracia.
Precisamos cada vez mais de visibilidade as nossas raízes diversas, negras, indígenas, europeias, asiáticas, as bases populares que resultam da nossa tantas misturas, porque isso significa revolver o Brasil de baixo para cima, e trazer à tona, a lindeza plena de ser brasileiro, não apenas o retrato dos modos e gestos das elites do país. Isso significa inspiração para as novas gerações, revelação e revolução para o fortalecimento da nossa identidade nacional.
O MinC é uma conquista da cultura brasileira e dos trabalhadores e trabalhadoras dessa área. Um que desde a sua fundação, vem buscando ter o seu lugar, seu Ministério pelo que ele representa em termos de reconhecimento da identidade, identidade esta, nunca fechada, mas híbrida, diversa, resultados de séculos de encontros de pessoas de todos os continentes.
Nesse sentido, o Brasil é também um lugar onde deságuam múltiplos afluentes para criar um manancial único, profundamente nutritivo da vida, da coletividade. Por mais problemas que tenhamos, somos vistos por outros países como reservatório lúdico e brincante, complexo e profundo, fruto da nossa alegria e resiliência diante da vida, lugar de ritmos, cores, sabores antigos e invenções de futuro.
O Brasil é o criadouro de esperança para o mundo, por isso a nossa indignação quando essa riqueza é maltratada, quando não é o cuidado como deveria, como aceitar o fato que todas as conquistas que o setor cultural já trouxe para o Brasil, incluindo modéstias divisas econômicas, como aceitar que de repente o Ministério da Cultura, o Ministério dessa profunda riqueza, tenha desaparecido por duas vezes do nosso horizonte?
Nunca mais! Isso mexe profundamente com a nossa alma, desestabiliza o nosso potencial econômico, portanto, estamos aqui para celebrar a sua volta e, para dizer com força: nós merecemos o nosso Ministério! O Brasil tem uma das mais ricas, potentes e respeitadas forças de produção cultural do mundo, que o nosso MinC, nunca mais desapareça!
Neste hiato de quatro anos, o tamanho da nossa perda é muito grande e vamos precisar de muito trabalho e paciência para revertê-la, retomando a atenção, a escuta, o cuidado com a comunidade cultural. Vamos construir pontes que nos levarão ao futuro mais justo para os artistas e cidadãos brasileiros em geral, especialmente, os jovens, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+, periféricos, isolados, anônimos de multidão, todos eles e elas, portadores de direitos culturais, como Direitos Humanos da expressão e fruição simbólica, vamos voltar para ficar em paz com a dimensão cultural do Brasil e sair do caos, para riqueza que ela produz.
Estamos reconstruindo o MinC, mas não vamos partir do zero, muita coisa foi acumulada em termos de inteligência, sensibilidade e tecnologia brasileira para cultura. Nas últimas décadas, o Brasil ampliou a ideia de cultura, entendendo não só como arte, mas com as suas três dimensões: econômica, estética e cidadã. Com essa ideia tão potente e ampliadora, a arte e o artista, passaram a ser vistos como algo ainda maior, se a cultura do Brasil é a sétima mais influente do mundo, isso se deve ao seu povo, aos seus artistas, ao setor cultural, precisamos voltar a ser respeitados e colocar o Ministério na afirmação dessa grandeza.
O presidente Lula disse que não vai apenas governar, mas cuidar; e, vem enfatizando a grande importância da cultura no seu governo, é isso que faremos, atuando em busca de acertar e estabilizar o Ministério, para que possamos ter políticas, cuidados estáveis e duradouros nessa área, vamos a partir da cultura, formar um país que nos eleva a anima para lutarmos, todos ganham com desenvolvimento cultural.
Como sabem, educação sem cultura é ensino; segurança sem cultura é repressão; saúde sem cultura é remediação; desenvolvimento social sem cultura é assistencialismo. Na verdade, todas as outras áreas precisam da cultura para serem elas mesmas, assim, a ideia de que a cultura está no centro, não é uma questão coorporativa, mas da sociedade como um todo, está em cada uma das outras áreas a necessidade da dimensão cultural.
Quando o presidente me convidou para ser Ministra, eu não respondi, mergulhei em mim, no silêncio profundo, preferi refletir dentro desse silêncio por horas, horas e horas, pedi um prazo, não foi?
Ao final desse período de interiorização emocional e espiritual, veio junto todo o significado de vir a ser Ministra da Cultura do Brasil, do governo Lula, a grande responsabilidade, a imensa tarefa, mas também uma sensação de uma imensa alegria de poder estar aqui, para conduzir o MinC para o futuro que o povo brasileiro merece.
Não foi uma decisão fácil, pois ao longo dos meus 35 anos de carreira ininterrupta, sofri na pele as dores da memória da escravidão e os golpes do racismo estrutural, estou no momento potente da minha carreira e fui chamada, sem nunca imaginar uma possibilidade dessas na minha vida, não obstante, o meu histórico com ações sociais, projetos de coletividade, sempre estiveram presentes na minha caminhada de uma forma absolutamente normal, pensar coletivo, sentir coletivo, fazem parte da minha inteligência ancestral, tanto da minha raíz afro, como da minha raíz indígena.
Ao presidente Lula, gostaria de agradecer o convite para ser a Ministra da Cultura do Brasil, é uma honra para mim estar à frente desse chamado, feito por um dos mais altos símbolos políticos de todo o planeta. Um Nordestino, como eu, que carrega em sua biografia, a história de lutas do nosso povo, povo esse capaz enormemente, capaz de ser superar, levantar e dar a volta por cima das dificuldades, porque é forte e criativo, capaz de tantas travessias e recombinações.
Foi por uma união de força, afetividade e criatividade, três grandes elementos da alma brasileira que pela terceira vez, o presidente Lula e o Brasil dos mais pobres; dos trabalhadores e trabalhadoras; dos que amam a democracia e dos republicanos; subiu a rampa do Planalto e recebeu a faixa presidencial das mãos do povo brasileiro, coisa nunca vista no mundo. Ao presidente Lula, ao povo brasileiro, o meu abraço, meu carinho e agradecimento. Vencemos! O MinC está de volta! O Brasil que queremos, está de volta!
Uma chama inesquecível foi acesa por nós, no primeiro e segundo mandato do presidente Lula, com o Ministério da Cultura, regido no primeiro momento pelo Ministro Gilberto Gil; e, no segundo momento pelo grande e querido Juca Ferreira, de ambos sou amiga e admiradora há muitos anos. Se hoje estou aqui, assumindo o Ministério da Cultura é por conta do resultado do trabalho que eles fizeram, eles construíram essa ponte, acenderam os pontos de cultura, nos deram régua e compasso.
Eu, mulher negra, artista que vem da cultura popular, quero representar e trazer comigo, a enorme força da cultura brasileira e, em especial, cerca de cinco milhões de trabalhadores e trabalhadoras da cultura do Brasil. Bem antes do convite, já integrava o GT de cultura, aqui peço licença, para citar e parabenizar pelo importante trabalho coletivo, o grupo de transição da cultura, formado por Antônio Marinho, Áurea Carolina, Juca Ferreira, Kleber Lucas, Kleber Mendonça, Lucélia Santos, Márcio Tavares e Manoel Rangel, e ainda, os integrantes da equipe técnica, Alexandre Galvão, Alexandre Santini, Carolina Abreu de Albuquerque, Carolina Guimarães Starling, Christiane Ramírez, Débora Ivanov, Deryck Santana, Desirée Tozi, Evelaine Brennand, Eulícia Esteves da Silva Vieira, Fabiano Piúva, Glênio Cerqueira, Henilton Menezes, Jackson Raymundo, José Santana, Jéferson Assumção e Marcos Souza, os aplausos, por favor!
Acompanhamos os diálogos e vimos o desmonte perverso das nossas políticas culturais e das instituições, sabemos o tanto que sofreram a Fundação Palmares, o Iphan, a Ancine, a Biblioteca Nacional, a Funarte, a Casa Rui Barbosa e o Ibram, mas principalmente, junto com meus colegas, nós ouvimos as pessoas, nessas escutas em diversos grupos de todas as áreas, segmentos e linguagens, percebemos a profundidade do que aconteceu nos últimos anos, a criminalização dos trabalhadores e trabalhadoras e a falta de entendimento do significado da força da produção cultural do Brasil.
Me emocionei com inúmeros relatos de luta do meio da cultura, para o reconhecimento de seus direitos e a busca incessante de espaço e dignidade. Ouvi, acompanhei os diagnósticos e vi as vias de superação, chego agora, as duas últimas palavras que darão o tom de nossa gestão, no tratamento com os servidores públicos da cultura: respeito e cuidado!
Há poucos metros desse belo Museu da República, idealizado e construído por Oscar Niemeyer, um dos símbolos da capacidade técnica e criativa dos brasileiros, está localizado mais uma vez, no bloco B da Esplanada dos Ministérios – o Ministério da Cultura! Voltou o MinC, para o lugar de onde nunca deveria ter saído, ou seja, do seu lugar na Esplanada e da relevância no imaginário do povo brasileiro, está mais forte, com mais recursos e estruturas, do que qualquer outro momento da sua história.
O novo MinC será o lugar da presença do setor artístico e cultural no Brasil, foi isso que o presidente Lula me pediu, que o Ministério da Cultura seja para os artistas, que a nossa cultura seja uma potência econômica. É hora de darmos as mãos, reatarmos laços possíveis e superarmos as desavenças para realizarmos uma empreitada; é preciso ter coragem de construir um novo; é preciso para construir o país que queremos, com toda a sua maravilhosa diversidade cultural.
Ganhar e perder, faz parte da democracia, e a dignidade, é sinal de cidadania, tentaram nos matar mais uma vez, mas como sabemos, o que não nos mata, nos deixa mais fortes!
Quero agradecer, também, a essa organização maravilhosa, do AD, das pessoas que fizeram esse momento. Desde quando esse processo começou na minha vida, não tive tempo de pensar mais em mim, agora foi um processo muito veloz, tudo que aconteceu, que vem acontecendo, mas quero também dizer o seguinte: o MinC voltou para ficar! Viva a cultura brasileira! Viva a identidade nacional! Viva os trabalhadores e trabalhadoras da cultura! Viva o presidente Lula! Viva o Brasil! Que Deus e os Orixás nos abenções nessa jornada... e Pelé disse: love, love, love! Viva a cultura do Brasil!”
* Transcrição elaborada por Ádamo Gabriel da cerimônia de posse do cargo no Ministério da Cultura do Brasil, realizada em Brasília (DF), dia 02 de janeiro de 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yqCu-LBK-LM&t=3492s. Acesso em: 03 jan. 2023.
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Empolgante, não é mesmo?
Que seja um ano de cumprimento de metas e estabelecimento de um novo patamar para o fomento e valorização de nossa Cultura em seus mais variados aspectos antropológicos, sociais, em todos os segmentos artísticos e sua diversidade que espelha a nossa formação enquanto Nação.
Espero que esta empolgação tome conta de todos os estados e municípios deste Brasil continental, que os gestores espalhados por todas as cidades de cada canto do país tenham sensibilidade, conhecimento e caráter para honrar o espírito deste novo tempo, a começar pela fiel execução das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
Que os trabalhadores da Cultura estejam preparados para esse tempo de reconstrução. Preparados não apenas para receber, mas para contribuir com a elaboração e melhor execução dos planos de ação neste momento de virada.
O setor cultural vai olhar com muita atenção todas as ações do Ministério e, principalmente, as prefeituras para que os recursos cheguem de forma efetiva na ponta, em quem realmente precisa de fomento.
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