Repórter Guaibense

Sexta-feira, 29 de Marco de 2024

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O bailar de antigamente

O bailar nos traz a leveza e alegria de viver, sentir a vida.

O bailar de antigamente
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Antigamente os bailares gaúchos permeavam outros ambientes, eram festejos nas estâncias, nos galpões, nas casas grandes de parede de madeira.

Os bailes aconteciam para festejar uma data ou comemorar algo importante, como uma boa colheita, um gado que reproduziu de forma pujante, algum festejo religioso, enfim, baile é baile e festa é festa, tem animação, comilança e muita dança.

Se chegava de a pé, de a cavalo, de carroça, de carreta, enfim com o que tivessem os nossos antigos ancestrais, eles eram simples, mas de muita valia ao nos deixarem de herança tantas coisas lindas que chamamos de “tradição”.

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Nos bailes de antigamente, aqueles mais simples, dos capatazes e peões de estância, geralmente eram animados com viola, violão, rabeca e de vez em quando um pandeiro matreiro dava costado pros violeiros. Cantadores de rimas improvisadas e de músicas já conhecidas, entoavam o Anú, a Queromana Grande ou a Queromaninha, uma Tirana de tirar versos e começar namoro, um chotes véio largado ou um de duas damas quando o índio era destorcido, entre tantos outros bailares.

Se voltarmos para 1817, quando Nicolau Dreys falou: “Os rio-grandenses gostam de reuniões e de divertimentos coletivos, ou seja, qual for o objetivo do ajuntamento, música, dança, espetáculos, jogos, nele se depara a mais escrupulosa decência no meio de franca alegria” já sabemos que eram trabalhadores nossos antepassados, mas gostavam de uma festa.

Existiam os bailes de rancho, que eram produzidos nas estâncias, dentro da sede ou da casa do capataz, os bailes de campo a fora, que se dançava na parte externa, geralmente próximo ao galpão onde, enquanto a animação corria solta se preparavam comida para os dançantes.

Tinha também os bailes de ramada onde a bailanta acontecia em um ambiente criado especialmente para essa finalidade. Alguns moirões eram cravados em forma de retângulo ou de quadrado, onde eram terçadas ramas verdes para atacar o frio e manter um mínimo de aparência de uma sala de baile.

Ficavam lugares abertos que aparentavam portas e janelas.

Lá no terceiro distrito de Canguçu não era diferente. Seguidamente ocorriam bailes de ramada, de maneira muito especial na localidade denominada “Rincão das Panelas”, nome corolário do uso de panelas de ferro em fogo de chão.

E o baile do pé de cabra, alguém já ouviu falar?

Antigamente se fazia o baile meio de “Assalto” de surpresa, sopetão. Se organizava uma gentarada e iam de bando pra casa de alguém pra fazer uma festança.

As casas de madeira da nossa gente rural, com paredes internas também de madeiras, dividiam a sala dos quartos e da cozinha, sendo de fácil manejo, contendo simples pregos, prendendo-as junto ao piso e aí forro. E é aí que a turna animada, já de ferramenta em punho, despregava a parede para retirá-la da casa ou recostá-la num dos cantos…

E o espaço se ampliava, com toda disponibilidade possível para o bailar de nossos temas campechano…

Não tinham preguiça essa gente que deixou-nos de legado os bailes, seus bailares com danças maravilhosas, cheias de graça, de cortejo, de animação e respeito.

Por isso retratamos com orgulhos o Baile À Moda Antiga, onde revivemos o passado como se fossemos dele um pedaço, trazendo a tona a essência da gente do campo, da gente simples e recatada que forjou esse estado com suor do rosto, força das mãos e dedicação.

O bailar nos traz a leveza e alegria de viver, sentir a vida. Aproveitar a oportunidade de estarmos em convívio. Momento de aliviar a mente das preocupações e anseios que a rotina nos trazem, por vez.

Esse quiserem conhecer um “Baile À Moda Antiga” no dia 09 de julho o CTG Gomes Jardim vai realizar mais um evento, prestigie, conheça, participe, o CTG Gomes Jardim é uma casa do Tradicionalismo de pura fraternidade, venha conhecer!!!!

 

 

                         “Que o maior presente entre as pessoas,                                                                                                                                            sejam a bondade e o amor fraterno!”

                                      Mário Terres e Tainara Moraga

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